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,09/03/2025

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A economia agrícola frente às decisões políticas e climáticas

Diante de um cenário internacional pulsante, o mercado agropecuário se equilibra entre as expectativas do relatório de oferta e demanda dos EUA, decisões políticas iminentes e uma temporada de negociações marcada pela volatilidade.


A economia agrícola frente às decisões políticas e climáticas

Nesta semana de análise intensa, o setor agropecuário volta seus olhos para os movimentos internacionais que prometem redefinir o ritmo das cotações e das expectativas para a produção. Com um olhar atento sobre o relatório de oferta e demanda dos Estados Unidos e as eleições presidenciais que delineiam o futuro político do país, o mercado financeiro se mostra reativo às tendências que favorecem um ambiente mais liberal, conforme apontado por Vlamir Brandalizze.

"Estamos numa semana decisiva, tanto para a política americana quanto para os mercados internacionais. A possibilidade de reeleição de Trump e a preferência do mercado financeiro por uma política de menor intervenção governamental apontam para uma reação positiva nas cotações agrícolas", esclarece Brandalizze. O especialista também destaca a expectativa de que o relatório dos EUA traga novidades que possam firmar a soja na faixa dos US$ 11,50.

No cenário brasileiro, a estabilidade nas cotações reflete uma semana de negociações pontuais, com os produtores aproveitando para ajustar seus insumos frente a uma sutil recuperação dos preços do potássio. A safra de soja, especialmente, avança com cerca de 60% da colheita concluída, enquanto o Mato Grosso enfrenta desafios climáticos que impactam a produtividade.

"A safra gaúcha e paranaense, ao contrário, mostra-se promissora. Com a safra do Rio Grande do Sul projetada em vinte e duas milhões de toneladas e a do Paraná entre dezessete e meio a dezoito e meio milhões, estamos observando uma recuperação notável após as adversidades climáticas do ano passado", analisa o consultor.

Além da soja, o mercado de milho e trigo também se encontra em momento de tensão e expectativa. Com a crise entre Alemanha e Rússia repercutindo nos preços das commodities, há uma oscilação que pode beneficiar temporariamente os preços do milho, enquanto o trigo aguarda a definição das condições climáticas no hemisfério norte para uma projeção mais concreta da safra.

A questão da energia e a situação econômica na Alemanha trazem à tona a complexidade dos mercados globais e seus impactos diretos no agronegócio. Brandalizze aponta para a recessão e a inflação como fatores críticos que afetam a decisão alemã de envolver-se em novos conflitos, influenciando indiretamente o mercado de commodities.

No panorama interno, o mercado do arroz e feijão segue com uma estabilidade que prenuncia um ajuste nos preços conforme a colheita avança e a demanda se redefine. "O mercado de arroz, em especial, mostra-se promissor com a colheita ganhando ritmo no Rio Grande do Sul e um cenário de exportação aquecido", observa Brandalizze.

Por fim, o mercado de carnes demonstra um otimismo cauteloso, com a expectativa de que os números de exportação sustentem o setor diante de uma demanda interna reprimida, especialmente para a carne bovina. "Estamos diante de um ano que promete ser histórico para o setor agropecuário, com recordes nas exportações e uma dinâmica de mercado que desafia os produtores a adaptarem-se rapidamente às mudanças globais", conclui Brandalizze.





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