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,16/09/2024

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Fazendas no Brasil e nos Estados Unidos


Fazendas no Brasil e nos Estados Unidos

*Por: Luciano dos Santos Alegre


Olá amigos do Agro e Prosa, aqui Luciano Alegre para o nosso momento AgroFinanceiro de hoje.

Nosso tema de hoje são estabelecimentos agropecuários no Brasil e nos Estados Unidos.

No Brasil, de acordo com o Censo de 2017 do IBGE, existem pouco mais de 5 milhões de estabelecimentos rurais, totalizando cerca de 352 milhões de hectares. Desses, 45% são destinados a pastagens, 18% a lavouras temporárias ou permanentes e 29% destinados a florestas. Cabe ressaltar que do total de florestas, 74% são destinadas a preservação permanente ou reserva legal.

Nos Estados Unidos, o número de propriedades rurais é o menor desde 1850, com apenas 1,9 milhões de estabelecimentos, conforme o Censo Agrícola do USDA de 2022. Em comparação com 2017, houve uma queda de 7% no total de fazendas e ranchos. No auge, na década de 1970, haviam 2,5 milhões de propriedades. 

Atualmente, o tamanho médio das propriedades americanas é de 187,4 hectares, 7% maior que em 2017. Os EUA possuem 356,12 milhões de hectares agricultáveis, representando 39% do território nacional. Em 2022, as fazendas americanas produziram US$ 543 bilhões em produtos agrícolas, cerca de 6% das propriedades americanas faturaram mais de US$ 1 milhão anualmente.

Nos últimos 20 anos, a área cultivada nos EUA diminuiu 6,5%, de 379,6 milhões de hectares em 2002 para 356,1 milhões em 2022. Essa redução deve-se tanto ao desenvolvimento urbano quanto à instalação de parques solares. 

A produção agrícola americana é dividida quase igualmente entre pecuária (48%) e culturas (52%). Grandes operações são mais viáveis devido à capacidade de gerenciar riscos e investir em tecnologia no país norte americano.

Os arrendamentos são uma prática comum, devido aos altos preços das terras, que podem colocar os agricultores em risco financeiro devido ao capital imobilizado. Contratos de arrendamento incentivam investimentos em práticas agrícolas sustentáveis e regenerativas, que melhoram a saúde do solo e a resiliência climática.

Apesar da consolidação no setor agrícola, quase 95% das explorações agrícolas americanas são familiares, representando 84% das terras agrícolas. A maioria dos produtores agrícolas tem mais de 11 anos de experiência no setor.

Em resumo, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, os estabelecimentos agropecuários enfrentam desafios e oportunidades distintos, refletindo diferenças em tamanho, gestão, produtividade e regulamentação.

Vejamos, muitos problemas de lá são os mesmos daqui, temos em nosso país muita capacidade técnica e empreendedora no setor agropecuário. Ouso dizer que, hoje, há mais o que se copiar aqui do que lá. 

Um ponto carece atenção, o cuidado com a imobilização de capital que o americano possui. Obviamente que estamos falando de outro patamar de inflação e de risco país, onde para nós ao longo dos anos a valorização dos ativos imobilizados fazem a diferença. Vale a máxima de que “terra não perde valor”. Cuidado com a liquidez.

Pense nisso e até o nosso próximo momento AgroFinanceiro. Quem quiser, nos acompanhar nas redes sociais, é só seguir o @olucianoalegre no Instagram. 

Até mais...


*Luciano dos Santos Alegre, Engenheiro Agrônomo e especialista em finanças, consultor para empresas rurais em todo o Brasil com mais de 10 anos de experiência no agronegócio. 





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