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,16/09/2024

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Index Sêmen: Pecuária brasileira atinge novo patamar tecnológico

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) divulga o Index Sêmen do 1° semestre, destacando estabilidade no mercado e avanço significativo na adoção de tecnologias na pecuária brasileira.


Index Sêmen: Pecuária brasileira atinge novo patamar tecnológico Lançamento do Index Sêmen Asbia. Foto: Divulgação

A Asbia, em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), acaba de lançar os resultados do Index Sêmen referente ao primeiro semestre deste ano, durante a 17ª Expogenética, na sede da ABCZ, em Uberaba. Os dados revelam um cenário de estabilidade no mercado de genética bovina, com uma leve alta nas vendas de sêmen, refletindo a contínua evolução tecnológica do setor.

Gabriel Garcia Cid, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), destacou a importância dos dados apresentados e o impacto que eles têm para o planejamento estratégico dos pecuaristas brasileiros. "A precisão e a confiabilidade do Index Sêmen são essenciais para que os produtores possam tomar decisões informadas. Esses números refletem o desempenho do setor e apontam para as oportunidades que temos pela frente. Estamos comprometidos em fornecer as ferramentas necessárias para que a pecuária brasileira continue avançando com qualidade e eficiência," afirmou Cid.

O presidente da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), Nelson Eduardo Ziehlsdorff, falou da satisfação de apresentar o Índex na 17ª Expogenética e exaltou a importância do documento. "O relatório traz cada vez mais informação, a segurança e, principalmente, o direcionamento daquilo que a Expogenética e a Asbia almejam, com o apoio do Cepea, dando segurança e transparência nas informações", disse Nelson.

Os números indicam que a inseminação artificial (IA) na pecuária de corte continua crescendo de forma sólida, alcançando um novo patamar de adoção nos últimos cinco anos. De acordo com a Asbia, o mercado de sêmen bovino para corte registrou um aumento de 77% nesse período, um salto significativo que coloca o Brasil entre os líderes mundiais em tecnologia de reprodução animal. “Estamos vivendo uma revolução na pecuária brasileira. A IA deixou de ser uma técnica de nicho e se tornou essencial para a modernização do setor,” comentou Bruno Grubisich, especialista do setor.

No primeiro semestre de 2024, foram comercializadas cerca de 6,3 milhões de doses de sêmen para pecuária de corte, um volume que, embora estável em relação ao ano anterior, mantém a tendência de crescimento sustentado. "Esse crescimento é reflexo direto do aumento na demanda por carne de qualidade, tanto no mercado interno quanto nas exportações," explicou Grubisich.

A pecuária de leite também apresentou resultados positivos, com um crescimento de 5% ao ano, resultando em um aumento de 30% nas vendas de sêmen nos últimos cinco anos. Este avanço reflete o interesse crescente dos produtores em melhorar a eficiência e a qualidade do rebanho leiteiro. “A demanda internacional por leite e derivados está em alta, especialmente na Ásia, e o Brasil está se preparando para atender a essa necessidade com produtos de alto padrão,” destacou José Henrique Bueno, especialista no setor leiteiro.

As exportações de sêmen também foram um ponto alto no relatório da Asbia, registrando um crescimento de 19% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O mercado externo, especialmente a América Latina, reconhece cada vez mais a qualidade da genética bovina brasileira. “Estamos consolidando o Brasil como referência em genética para regiões tropicais, com um crescimento contínuo nas exportações,” afirmou Luiz Adriano Teixeira, gerente de negócios estratégicos de carne para a América Latina.

O relatório também trouxe uma análise do mercado internacional e suas implicações para a pecuária brasileira. Com a oferta mundial de carne bovina enxuta e a demanda asiática em expansão, o Brasil se encontra em uma posição estratégica para aumentar suas exportações. "O cenário é muito favorável, mas exige planejamento e investimento em tecnologia para que possamos aproveitar as oportunidades que estão surgindo," comentou Thiago Bernardino de Carvalho, economista do Cepea.

A Asbia ressaltou a importância da rápida divulgação e análise dos dados para o setor, permitindo que produtores e empresas tomem decisões informadas e estratégicas. A organização planeja continuar aprimorando a metodologia de coleta e análise de dados, buscando incluir novas categorias, como o mercado de embriões.

Ao encerrar a apresentação, a Asbia reiterou seu compromisso com a qualidade e a transparência das informações divulgadas, reforçando a importância do Index Sêmen como uma ferramenta essencial para a evolução da pecuária brasileira. "Estamos apenas no início de uma jornada de crescimento sustentável e tecnológico. O Brasil tem todas as condições para se tornar um líder global em pecuária de alta qualidade," concluiu Nelson, presidente da Asbia.



Com base nos dados e análises apresentadas pela Asbia, as principais tendências para o segundo semestre de 2024 são:

Crescimento Continuado na Inseminação Artificial:

Pecuária de Corte: Espera-se que o volume de doses de sêmen continue aumentando, impulsionado pela demanda crescente por carne de qualidade e pela necessidade de modernização do rebanho. O segundo semestre tende a ver um aumento significativo, especialmente com a intensificação das atividades de estação de monta.

Pecuária de Leite: O setor leiteiro deve manter seu crescimento consistente, com uma possível aceleração na adoção de tecnologias de inseminação artificial, visando melhorar a eficiência e qualidade do leite produzido, especialmente para atender a demanda interna e preparar o setor para as oportunidades de exportação.

Aumento nas Exportações de Sêmen:

Com o reconhecimento internacional da qualidade da genética bovina brasileira, as exportações de sêmen devem continuar em alta. A expectativa é de que novos mercados, como Ásia e outros países em desenvolvimento, aumentem sua demanda por genética tropical, o que deve levar a um crescimento contínuo nas exportações.

Valorização dos Preços de Boi Gordo e Bezerro:

O mercado interno deve experimentar uma valorização dos preços do boi gordo e do bezerro, refletindo a baixa oferta global e a alta demanda tanto doméstica quanto internacional. Essa valorização incentiva a intensificação da produção e o investimento em tecnologias que aumentem a produtividade e a qualidade do rebanho.

Consolidação do Planejamento Estratégico e Adoção Tecnológica:

O segundo semestre será marcado pela continuidade e ampliação dos investimentos em tecnologias de melhoramento genético. Com o cenário macroeconômico favorável e a necessidade de atender à crescente demanda por carne e leite de qualidade, os produtores deverão intensificar o uso de inseminação artificial e outras tecnologias de reprodução.

Desafios e Oportunidades no Mercado Internacional:

Embora o mercado internacional esteja pagando menos pela carne exportada, a demanda permanece alta, especialmente na China. Os produtores brasileiros terão que equilibrar os custos de produção com as oportunidades de exportação, aproveitando o câmbio favorável e buscando aumentar a eficiência para manter a competitividade.

Essas tendências apontam para um segundo semestre de 2024 dinâmico, com oportunidades significativas para os pecuaristas brasileiros que estiverem preparados para investir em tecnologia e planejar suas operações de forma estratégica.




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