Com a chegada do período de estiagem, o agronegócio brasileiro enfrenta um grande desafio: a incidência de incêndios em áreas rurais. A combinação de ar seco e queimadas ilegais tem gerado destruição em lavouras e florestas, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Para enfrentar esse problema, novas tecnologias estão sendo adotadas, e os drones se destacam como uma solução eficiente na detecção e contenção dos focos de incêndio.

O uso de drones no agronegócio não é novidade. Desde 2021, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) regulamenta o uso dessas aeronaves para diversas atividades no campo, incluindo o monitoramento de áreas propensas a incêndios. O que antes era uma ferramenta voltada principalmente para a aplicação de defensivos agrícolas, agora se tornou um aliado no combate às queimadas.

A rede de franquias Agro Atlas, fundada em 2020, é uma das empresas que está liderando esse movimento. Com drones equipados com sensores térmicos e câmeras de alta resolução, a empresa oferece serviços que vão desde o mapeamento de áreas de risco até a identificação de focos de incêndio em tempo real. “Os drones podem sobrevoar áreas afetadas e fornecer informações precisas sobre a localização e a dimensão dos incêndios, o que facilita a atuação das brigadas e impede a propagação do fogo”, explica Welber Sant’Anna, um dos fundadores da Agro Atlas.

Além da detecção rápida de incêndios, os drones também são capazes de monitorar áreas estratégicas para prevenir novas ocorrências. Com a tecnologia de visão infravermelha, é possível identificar pontos de calor que podem evoluir para focos de fogo, permitindo uma ação preventiva. “Nossos drones conseguem detectar incêndios no início e ajudar na identificação de ações criminosas, oferecendo mais segurança para os produtores rurais”, destaca Sant’Anna.

Os drones também desempenham um papel fundamental na coleta de dados. Ao sobrevoar as áreas afetadas, eles capturam imagens e informações que ajudam na elaboração de mapas detalhados da região, facilitando a tomada de decisões estratégicas. “A tecnologia permite uma análise precisa do terreno e oferece dados valiosos para que os agricultores possam planejar melhor suas ações de contenção e proteção das áreas produtivas”, complementa o executivo.

Em um cenário de constante alerta, onde mais de oito mil propriedades rurais foram impactadas por queimadas em 245 municípios, a tecnologia de drones se mostra cada vez mais indispensável para o agronegócio. A precisão e agilidade na identificação dos focos de incêndio fazem com que os drones sejam ferramentas essenciais para minimizar os impactos causados pelo fogo, protegendo lavouras e vidas.

Com presença em 12 estados brasileiros, a Agro Atlas tem se consolidado como uma referência na aplicação dessa tecnologia. A empresa oferece serviços de monitoramento de áreas, inspeção de culturas, contagem de plantas, e geração de mapas de NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada), além de atuar diretamente na contenção de incêndios. "A cada nova aplicação, os drones mostram o quanto são fundamentais para o avanço do agronegócio sustentável", afirma Sant’Anna.

O uso de drones no combate a incêndios ilegais também contribui para a preservação ambiental, uma vez que a detecção precoce e a atuação rápida impedem que o fogo se alastre para áreas protegidas. A tecnologia, aliada à eficiência operacional, oferece uma solução de alto impacto para conter um problema que, todos os anos, ameaça a produtividade do campo e a biodiversidade brasileira.

A combinação de tecnologia avançada e estratégias de combate coordenadas tem potencial para transformar a forma como o agronegócio lida com as queimadas. Drones, sensores térmicos e mapeamento em tempo real são ferramentas poderosas que, ao lado das brigadas de incêndio, podem evitar tragédias maiores e garantir mais segurança para o setor.