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,18/09/2024

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Propriedades rurais em risco: fogo avança em meio à seca prolongada

Goiás enfrenta mais de 450 focos de incêndio em um único fim de semana, com propriedades rurais devastadas pela seca intensa e incontrolável.


Propriedades rurais em risco: fogo avança em meio à seca prolongada

O Brasil vive um dos piores períodos de seca de sua história, afetando diretamente a agricultura e a segurança das propriedades rurais. Em 2024, o país já se aproxima de ultrapassar a marca de 160 mil focos de incêndio, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além disso, cerca de 60% do território nacional encontra-se encoberto pela fumaça resultante das queimadas que avançam descontroladamente.

No estado de Goiás, a situação é ainda mais grave. Dados recentes do Comitê Estadual de Gestão de Incêndios Florestais indicam que somente no último fim de semana foram registrados mais de 450 focos de incêndio em todo o estado, número superior ao registrado em setembro de 2023. Rio Verde, um dos principais municípios da região, não presencia uma seca tão severa desde 2008. Já são mais de 150 dias sem chuvas, e a falta de precipitações agrava os incêndios, devastando propriedades rurais e ameaçando vidas.

Impacto nas propriedades rurais

"Infelizmente estamos enfrentando um momento muito crítico. Recebemos diariamente relatos de produtores rurais que perderam grande parte de suas propriedades para o fogo", afirma Olávio Teles Fonseca, presidente do Sindicato Rural de Rio Verde. Ele alerta que as previsões meteorológicas não são animadoras, o que aumenta a preocupação com o avanço das queimadas na região.


Em resposta à gravidade da situação, o Sindicato Rural de Rio Verde se reuniu na manhã do dia 10 de setembro com o Comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Felipe, e o Major Ricardo. Durante o encontro, foram discutidas medidas emergenciais para conter o avanço dos incêndios e minimizar as perdas nas propriedades rurais. O objetivo é proteger não apenas as plantações, mas também a vida dos trabalhadores, animais e as próprias instalações.

Entre as recomendações feitas pelos bombeiros, destaca-se a incorporação de faixas de palhadas em um raio de 100 metros ao redor das áreas de reserva, margens de rodovias e linhas de transmissão de energia. Para as áreas de sede, galpões de apoio e armazenamento, a recomendação é ampliar essa faixa para 300 metros. "Sabemos da importância da palhada para os produtores, mas o momento exige medidas extremas para evitar a propagação das chamas", ressalta o Coronel Felipe.

Ação integrada no combate ao fogo

As autoridades locais têm mobilizado todos os recursos disponíveis no combate aos incêndios, mas, segundo a Comissão de Combate aos Incêndios, formada pelo Sindicato Rural, Corpo de Bombeiros e Prefeitura de Rio Verde, os esforços ainda são insuficientes diante da alta demanda. A Prefeitura Municipal destinou este ano R$ 700 mil para a contratação de 11 brigadistas e a aquisição de três caminhões traçados. Contudo, a magnitude dos incêndios exige o apoio de mais voluntários e a colaboração de empresas locais.

Parcerias com empresas privadas, como Trrs Petrorio, Masut, Sertão Petróleo e Décio, têm sido essenciais para ampliar o alcance das operações de combate ao fogo. Essas empresas têm oferecido recursos e apoio logístico, somando esforços às brigadas que atuam de forma incansável na tentativa de controlar as queimadas.

Diante da seca severa e do aumento expressivo de incêndios, o cenário no campo é desafiador. A luta contra as chamas é constante, e as perdas econômicas e ambientais são incalculáveis. O trabalho conjunto entre os produtores, Corpo de Bombeiros e autoridades locais é muito importante para evitar que o impacto da seca se agrave ainda mais e cause danos irreversíveis às propriedades rurais da região.





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