Exportações impulsionam alta no mercado de boi gordo
Mercado de boi gordo registra valorização com oferta reduzida e exportações em alta, enquanto milho e soja são impactados por colheita nos EUA e variação cambial.
Alta no boi gordo impulsionada por exportações e oferta limitada
O mercado físico do boi gordo continua sua trajetória de alta, impulsionado pela escassez de animais prontos para abate e pelo bom desempenho das exportações brasileiras. Em Rondônia, o preço da arroba registrou uma valorização de 0,72% na última sexta-feira (13/09), atingindo R$ 213,87. No mercado futuro, os contratos na B3 também tiveram movimento positivo. O vencimento para setembro de 2024 subiu 0,30%, fechando a R$ 254,55 por arroba, e o contrato de outubro teve alta de 0,23%, finalizando o dia a R$ 260,05. Em contrapartida, os vencimentos mais longos, como o de janeiro de 2025, apresentaram queda de 0,20%, refletindo a volatilidade do mercado.
A valorização no mercado físico está atrelada ao fortalecimento das exportações de carne bovina. Com o dólar médio de agosto cotado a R$ 5,55, o maior valor desde dezembro de 2021, o preço da carne exportada atingiu R$ 24.604 por tonelada, representando um aumento de 11,16% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para setembro de 2024, as projeções indicam um volume recorde de 225 mil toneladas exportadas, o que representa um crescimento de 3,47% em relação a agosto.
Milho recua no mercado físico, mas futuros acumulam alta
O mercado físico do milho em São Paulo encerrou a semana com retração, cotado a R$ 62,75 por saca, reflexo da ausência de compradores nas negociações. Embora o mercado físico tenha enfraquecido, os futuros de milho apresentaram ganhos na última sexta-feira (13/09) na B3, influenciados pela alta das cotações internacionais e a firmeza dos preços internos. O contrato para novembro de 2024 registrou alta de 1,65%, encerrando o pregão a R$ 67,80 por saca.
No cenário internacional, os futuros de milho na Bolsa de Chicago (CBOT) também avançaram, impulsionados pela alta do trigo, que reagiu à intensificação do conflito entre Rússia e Ucrânia no Mar Negro. O contrato de dezembro de 2024 subiu 1,79%, encerrando o dia a US$ 4,13 por bushel.
Soja estabiliza, mas mercado futuro reflete safra dos EUA
No mercado de soja, a semana fechou com estabilidade no preço físico em Paranaguá/PR, onde a saca permaneceu próxima a R$ 141,00. No entanto, os futuros do grão na Bolsa de Chicago apresentaram queda, refletindo a expectativa de uma colheita recorde nos Estados Unidos. O contrato para novembro de 2024 recuou 0,45%, fechando a US$ 10,06 por bushel, pressionado pela queda nos derivados da oleaginosa.
Outro fator que influenciou os preços foi a expectativa de crescimento da área plantada com soja na Argentina na safra 2024/25, conforme relatório da Bolsa de Comércio de Rosário, que projeta uma recuperação após os desafios climáticos da última temporada.
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