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,18/10/2024

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Cadeia produtiva no agro exige responsabilidade compartilhada

Cadeias de fornecedores no agronegócio exigem maior monitoramento e responsabilidade social para garantir boas práticas e evitar riscos trabalhistas.


Cadeia produtiva no agro exige responsabilidade compartilhada

A complexidade das cadeias de fornecedores no agronegócio brasileiro impõe um desafio contínuo às empresas: garantir a sustentabilidade ambiental e social em todas as etapas produtivas. Heidi Buzato, coordenadora social do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), destaca que práticas responsáveis e o monitoramento ativo são essenciais para evitar irregularidades que afetam a reputação e a integridade do setor.

O que é o Imaflora e sua missão

Fundado em 1995, o Imaflora é uma organização sem fins lucrativos dedicada a promover o uso sustentável dos recursos naturais e fomentar boas práticas sociais no campo. Seu trabalho combina certificações socioambientais, iniciativas de medição de carbono e apoio a cadeias produtivas em diversas áreas, como café, cana-de-açúcar, cacau e pecuária.

Além de garantir a conservação de ecossistemas, a missão do Imaflora inclui a geração de renda para comunidades tradicionais e o apoio às mudanças climáticas, por meio de projetos como a rastreabilidade de gado no programa "Boi na Linha" e certificações de carbono.

Responsabilidade compartilhada: o papel das empresas

De acordo com Buzato, a gestão criteriosa da cadeia produtiva é essencial para evitar problemas como o trabalho análogo ao escravo. "Mesmo ao terceirizar serviços ou arrendar áreas, a empresa original é corresponsável pelas práticas adotadas", explica a coordenadora. O Imaflora atua para garantir que seus parceiros mantenham esses princípios por meio de certificações e auditorias rigorosas.

Buzato também destaca que a Lista Suja, instrumento do governo que identifica empregadores envolvidos em trabalho degradante, é um exemplo de controle eficaz. Empresas incluídas nesse cadastro enfrentam restrições financeiras, pois bancos e investidores frequentemente usam essa lista como critério para concessão de crédito e parcerias comerciais.

Capacitação e monitoramento contínuos

O Imaflora lidera programas de capacitação que auxiliam empresas a adotar medidas de diligência em direitos humanos em suas operações. Em parceria com a organização Proforest, foi lançado um guia prático para o setor sucroenergético, oferecendo orientações detalhadas para identificar e mitigar riscos, além de ferramentas para monitorar práticas sociais e ambientais.

Essas iniciativas visam promover uma governança mais transparente e eficiente, consolidando a imagem do agronegócio brasileiro como líder em sustentabilidade. "A procura pelos serviços do Imaflora demonstra que há uma demanda crescente por boas práticas", comenta Buzato. "Nosso trabalho é garantir que o compromisso com essas práticas se estenda por toda a cadeia de valor."

Importância das práticas responsáveis

Segundo Heidi Buzato, a adoção de boas práticas sociais e ambientais é uma questão não apenas de conformidade legal, mas de valores humanitários. Ela enfatiza que todo trabalhador tem direito a condições dignas, remuneração justa e segurança no trabalho, princípios defendidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e promovidos pelo Imaflora em suas certificações e programas.

Por meio de uma atuação ampla e estratégica, o Imaflora contribui para que o agronegócio brasileiro atenda às exigências de mercado e consolide práticas responsáveis em toda a cadeia produtiva. "Nosso objetivo é apoiar o setor a evoluir continuamente, garantindo sustentabilidade e inclusão social", conclui Buzato.




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