Governo de SP lança programa de incentivo à produção de Café Canephora
O evento de lançamento acontecerá hoje, 31 de outubro, às 14h, no Instituto Biológico, com a presença do Secretário Estadual de Agricultura
Nesta quinta-feira, dia 31 de outubro, em uma ação para fortalecer o setor cafeeiro e impulsionar a economia rural regional, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, lança o Programa Estadual de Incentivo ao Cultivo de Coffea Canephora, especialmente focado na revitalização da cafeicultura na região Centro-oeste, oeste e noroeste do estado.
A iniciativa, que visa oferecer alternativas para produtores rurais e ampliar a competitividade do setor, e reafirma o compromisso estadual com o desenvolvimento agrícola sustentável, emprego e a geração de renda nas regiões produtoras.
São Paulo já foi referência na produção de café no país, como um dos principais estados produtores do café arábica. O programa tem como meta aumentar a produção do estado, incentivando o cultivo de um novo tipo de café – canephora -, para atender à crescente demanda do mercado interno e internacional, fomentando a inovação, sustentabilidade ambiental e econômica da cafeicultura. Para isso, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, em parceria com a Câmara Setorial do Café, atuará, em conjunto com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP), além de contar com apoio do setor privado especialmente aqueles colegiados na Câmara Setorial do Café.
"O programa envolve o setor público e a iniciativa privada, aos moldes do que prioriza o governo paulista. Com os pesquisadores e técnicos da SAA e a colaboração do setor produtivo, a expectativa é de uma cafeicultura cada vez mais resiliente, com produtores com sustentabilidade ambiental e financeira e adaptada às mudanças climáticas“, afirma o Secretário Guilherme Piai.
Com um modelo de gestão participativa, em uma parceria público-privada , o programa Coffea Canephora SP pretende ser uma referência nacional em políticas de incentivo à produção sustentável de café, assegurando uma governança eficiente e fortalecendo a integração entre os diversos integrantes do setor.
“O Canephora SP chega para fortalecer ainda mais o agronegócio. Como parte integrante da cadeia produtiva do café, temos muito orgulho de ter participado ativamente das ações para desenvolvimento do programa que vem para proporcionar mais crescimento à cafeicultura em São Paulo”, ressalta Neto Colombo, diretor de Operações da Indústrias Colombo.
Confira as diretrizes do Programa Estadual de Incentivo ao Cultivo de Coffea canephora no Estado de São Paulo:
- Validar e difundir tecnologias relacionadas ao cultivo do Coffea canephora, adaptadas às condições edafoclimáticas, especialmente do Oeste Paulista;
- Estimular a produção de mudas de alta qualidade genética e fitossanitária, garantindo a sustentabilidade dos cultivos;
- Implementar vitrines tecnológicas e áreas piloto em localidades estratégicas, visando demonstrar práticas recomendadas e resultados obtidos;
- Capacitar técnicos e produtores rurais por meio de palestras, treinamentos, dias de campo e outros eventos de transferência de conhecimento;
- Promover parcerias público-privadas, incentivando a participação de empresas dos setores de torrefação, solubilização, máquinas, implementos, irrigação e comercialização.
O Café Canephora
O café Canephora (conilon e robusta) é uma das duas principais espécies de café cultivadas, comercialmente, ao lado do café arábica. O Canephora representa cerca de 40% da produção mundial de café. Os maiores produtores de Canephora são o Vietnã, seguido de países como Brasil, Indonésia, Índia e Uganda. O Vietnã lidera o mercado global de exportação de robusta, com grande parte destinada à produção de café instantâneo.
Embora o Brasil seja mais conhecido pelo café arábica, a produção de Canephora vem crescendo, especialmente nos estados do Espírito Santo (ES), Bahia (BA) e Rondônia (RO). Aproximadamente 30% da produção de café no Brasil é de Canephora. O ES responde por cerca de 65% do Canephora produzido no Brasil, seguido por RO e BA e agora, a partir desse Programa, São Paulo poderá a médio prazo começar a figurar nessa estatística.
A demanda por café Canephora vem crescendo em âmbito mundial, especialmente para o mercado de café solúvel e como base para blends de café, devido a sua característica de proporcionar uma bebida mais encorpada e com menos acidez. Atualmente, o preço pago ao produtor está próximo do preço do café arábica e com sua produtividade superior torna-se um bom negócio e uma oportunidade para os produtores rurais paulistas.
Benefícios
O Canephora é mais adaptado a climas mais quentes e úmidos, tendo um bom desempenho em regiões com essas condições, como o oeste paulista. Em média, o Canephora tem uma produtividade maior ( + 60% em 2023, segundo a Conab – Companhia Nacional de Abastecimento) em termos de sacos por hectare, o que é vantajoso para os agricultores.
PROGRAMAÇÃO DE LANÇAMENTO PROGRAMA COFFEA CANEPHORA SP
Data: 31 de outubro de 2024, às 14h
Local: Instituto Biológico, Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 1252, Vila Mariana, São Paulo - SP, 3º andar
14h às 14h30: Recepção e abertura
14h45 às 15h: Plantio de mudas
15h às 15h30: Coffee
15h30 às 15h45: Resolução do Programa - Raquel Nakazato Pinotti, pesquisadora científica e assessora das Câmaras Setoriais e Temáticas do Agro/SP
15h45 às 16h: Parcerias Público-Privadas - Luiz Antonio Vizeu, Relações Institucionais da Indústrias Colombo
16h às 16h30: Desafios e conquistas na produção paulista do café Canephora - Fernando Takayuki Nakayama, pesquisador científico da APTA Regional
16h30 às 16h45: Qualidade e Mercado de Canephora Especial São Paulo - Camila Arcanjo, Q-Grader, Sindicafé-SP
16h45 às 17h: Números do café Canephora - Edvaldo Frasson, vice-presidente da ABIC e do Sindicafé e Ricardo Bamberg, analista de comodities da Bolsa de Valores - B3
Realização: APTA REGIONAL, CATI, ITAL, IAC, Câmaras Setoriais e Temáticas do Agro/SP, Instituto Biológico.
Apoio: Indústrias Colombo, Café Trevíolo, Sindicafe-SP, ABIC
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