Preços do milho seguem em alta com demanda doméstica aquecida
Os preços do milho estão em alta em novembro, impulsionados por uma forte demanda interna, com consumidores buscando recompor estoques e produtores priorizando a safra verão.
O mercado doméstico de milho começou novembro com preços em elevação, uma tendência alimentada pela alta demanda interna. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa procura aquecida se deve, principalmente, à necessidade de recomposição dos estoques por parte dos consumidores, o que deve manter a pressão sobre os preços nas próximas semanas.
Em meio a esse cenário, produtores demonstram cautela nas negociações, priorizando as operações de campo relacionadas à semeadura da safra verão, cujas condições climáticas têm sido favoráveis até o momento. Este fator reduz as preocupações quanto à possibilidade de atrasos na segunda safra de 2025, que depende de uma janela de plantio considerada ideal para garantir o desenvolvimento adequado das lavouras.
Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que, até o dia 3 de novembro, a semeadura da safra verão havia atingido 42,1% da área prevista no Brasil, representando um avanço semanal de 5,3 pontos percentuais. Esse índice supera em 1,9 pontos percentuais o desempenho registrado no mesmo período de 2023, indicando um ritmo de plantio mais acelerado.
A combinação de demanda aquecida e oferta ainda restrita contribui para a valorização dos preços do milho, refletindo o cenário desafiador enfrentado pelos consumidores que buscam recompor seus estoques.
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