Ministério autoriza 15 novos defensivos agrícolas para uso foliar
inistério da Agricultura autoriza o uso foliar de 15 pesticidas com Imidaclopidro, ampliando opções e beneficiando produtores rurais.
Produtores de milho, soja e algodão poderão contar com 15 novos defensivos agrícolas à base de Imidaclopidro para uso foliar, após decisão do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAP). A medida, publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira (25/11), eleva o total de produtos registrados para aplicação foliar de 44 para 59.
A decisão foi formalizada por meio do ato nº 55 da Secretaria de Defesa Agropecuária e inclui pesticidas genéricos que, até então, eram autorizados apenas para o tratamento de sementes. A ampliação atende a uma demanda de importantes entidades do agronegócio, como a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Controle eficiente de pragas
O Imidaclopidro, amplamente utilizado no controle de pragas agrícolas, agora poderá ser aplicado diretamente sobre as plantas em mais culturas, incluindo soja, milho e algodão. Entre as pragas-alvo estão o percevejo, a mosca branca e a vaquinha na soja; o pulgão e a mosca branca no algodão; além da cigarrinha e do tripes no milho.
O tratamento isonômico nos registros desses produtos, segundo o MAP, foi fundamental para permitir o uso foliar em uma maior gama de defensivos. Essa abordagem busca equalizar as condições de mercado e incentivar a concorrência, resultando em maior oferta e preços mais competitivos.
Impactos no mercado e para o produtor rural
Com o aumento na quantidade de defensivos agrícolas disponíveis, a Aprosoja Brasil acredita que o setor pode ser beneficiado por uma redução nos custos desses produtos. “Essa medida deve proporcionar maior competitividade para os produtores brasileiros, reduzindo os custos de produção e aumentando a margem de rentabilidade”, destacou a entidade em comunicado.
Até então, a oferta restrita de produtos para aplicação foliar fazia com que os preços permanecessem elevados, pressionando a rentabilidade dos agricultores. Com mais opções no mercado, espera-se que os custos sejam reduzidos, favorecendo pequenos e grandes produtores.
Demanda do setor agrícola atendida
A inclusão dos novos produtos foi resultado de pedidos conjuntos de associações representativas, como a CNA, que buscaram sensibilizar o governo sobre a necessidade de ampliar a oferta de defensivos. Para os representantes do setor, a medida é um passo importante para fortalecer o agronegócio nacional, que depende de tecnologias acessíveis para manter sua competitividade no mercado global.
A decisão reflete a disposição do MAP em atender às demandas dos produtores rurais, ao mesmo tempo em que promove equilíbrio entre custo e eficiência no uso de defensivos. “Essa ampliação demonstra o compromisso com a sustentabilidade econômica do setor e com o uso racional de tecnologias de controle fitossanitário”, avaliou a Abramilho.
Com a nova autorização, os agricultores podem planejar a safra com maior previsibilidade e optar por soluções mais acessíveis e adequadas às suas necessidades de manejo. A medida reforça o papel do Brasil como líder na produção de commodities agrícolas e na adoção de práticas inovadoras para o campo.
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