Como o Brasil pode liderar o comércio sustentável no cenário global
Barreiras ambientais impostas por mercados globais ameaçam o agronegócio brasileiro, apesar de avanços em sustentabilidade e inovação.
Por: Luciano Alegre
Hoje trazemos um tema crucial para o agronegócio brasileiro e mundial: como o comércio global enfrenta desafios impostos por barreiras não-tarifárias e padrões ambientais.
Estudos recentes destacam que, enquanto o mundo enfrenta crises alimentares, climáticas e energéticas, países do Norte global têm imposto regras que impactam diretamente os exportadores de alimentos do Cone Sul, incluindo o Brasil. Vamos entender o que está em jogo!
Imagine que, além das tarifas de importação e exportação, produtos agrícolas enfrentam exigências ambientais impostas por mercados como a União Europeia. Medidas como o Regulamento Europeu de Desmatamento e o Mecanismo de Ajuste Fronteiriço de Carbono aumentam os custos de exportação e, muitas vezes, desconsideram as práticas sustentáveis adotadas por produtores brasileiros. O problema? Essas barreiras podem prejudicar nossa competitividade, elevar preços globais e agravar crises alimentares.
E o agronegócio brasileiro? Aqui, temos exemplos de liderança em sustentabilidade que merecem destaque. O plantio direto e a fixação biológica de nitrogênio são apenas algumas das práticas que ajudam a reduzir emissões e aumentar a produtividade, colocando o Brasil como referência global em intensificação sustentável. No entanto, estudos mostram que as emissões agrícolas brasileiras são frequentemente superestimadas em análises internacionais, desconsiderando os avanços tecnológicos e os sistemas integrados de produção que adotamos.
Alguns especialistas apontam que é hora de repensar o comércio global. Políticas precisam ser baseadas em ciência e considerar as particularidades de cada região produtora. No caso do Brasil, a inclusão de práticas agrícolas locais nas métricas globais de sustentabilidade pode reverter distorções e fortalecer nossa posição no mercado internacional. Além disso, é essencial que fóruns como o G20 promovam diálogo, eliminem barreiras comerciais injustificadas e incentivem práticas agrícolas sustentáveis ao redor do mundo.
O mundo precisa de soluções que integrem comércio justo, sustentabilidade e segurança alimentar. E o agronegócio brasileiro está mais do que pronto para liderar esse movimento. Com tecnologia, inovação e práticas sustentáveis, somos capazes de enfrentar os desafios globais e consolidar nossa posição como protagonistas no cenário internacional.
Pense nisso e até o nosso próximo momento AgroFinanceiro. Quem quiser, nos acompanhar nas redes sociais, é só seguir o @olucianoalegre no Instagram.
Até mais...
*Luciano dos Santos Alegre, Engenheiro Agrônomo e especialista em finanças, consultor para empresas rurais em todo o Brasil com mais de 10 anos de experiência no agronegócio.
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