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,04/12/2024

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Carne bovina registra alta no Centro-Oeste: veja os motivos

A carne bovina teve alta de 6,2% no Centro-Oeste em outubro, impactada por seca severa, exportações aquecidas e menor oferta de animais para abate.


Carne bovina registra alta no Centro-Oeste: veja os motivos

O preço da carne bovina na região Centro-Oeste registrou um aumento de 6,2% em outubro, conforme dados do levantamento "Variações de Preços: Brasil & Regiões", da Neogrid, empresa de inteligência em gestão da cadeia de consumo. A elevação reflete fatores como a seca severa, o menor número de animais disponíveis para abate e o crescimento das exportações de carne brasileira.

Nos últimos meses, o setor pecuário enfrentou condições climáticas adversas, como uma seca histórica e queimadas, que prejudicaram a produção de pastagens, principal alimento do gado. Isso obrigou muitos pecuaristas a recorrer ao confinamento, alternativa que eleva os custos de produção. "A redução na oferta de pasto forçou uma mudança para sistemas de confinamento, que são mais caros e impactam diretamente no preço final da carne", afirmou Anna Fercher, head de Customer Success da Neogrid.

Além disso, a menor disponibilidade de animais para abate contribuiu para a alta nos preços. Segundo dados da Pesquisa Trimestral da Pecuária do IBGE, o terceiro trimestre de 2024 registrou o abate de 10,33 milhões de cabeças de gado, número insuficiente para atender à demanda do mercado interno. Esse cenário foi agravado pelo aumento das exportações, impulsionadas pela valorização do dólar, que tornou a carne brasileira mais competitiva no mercado internacional.

Outro elemento que pressionou os preços foi a redução no nascimento de bezerros, consequência direta do envio de fêmeas para o abate durante o ciclo pecuário anterior, quando o setor enfrentava uma fase de baixa no mercado. "Com menos animais nascidos, a oferta futura de carne bovina também fica comprometida, criando um efeito em cadeia no aumento dos preços", destacou Fercher.

Produtos com maiores variações na região

Além da carne bovina, outros produtos tiveram aumentos significativos na região Centro-Oeste em outubro. A carne suína registrou alta de 11,1%, enquanto o preço do frango subiu 9,9%. Já categorias como creme dental (-3,0%), leite em pó (-2,8%) e sal (-2,2%) apresentaram as maiores quedas no período.

Tendências nacionais

Em âmbito nacional, o levantamento apontou que o café liderou as altas acumuladas no ano, com elevação de 36,3% até outubro, seguido por leite UHT (25,0%) e ovos (19,7%). O aumento generalizado dos preços em diferentes categorias reflete os desafios enfrentados pela cadeia produtiva, desde condições climáticas adversas até oscilações no mercado global.

Com a combinação de fatores internos e externos impactando a oferta e os custos de produção, os consumidores enfrentam um cenário de pressão nos preços, especialmente no setor de proteínas.










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