O segmento de bioinsumos no Brasil tem registrado avanços expressivos, destacando-se como uma das principais ferramentas para enfrentar os desafios climáticos que afetam o agronegócio. Dados da CropLife Brasil mostram que o mercado de bioinsumos cresceu 15% na safra 2023/2024, com uma média anual de expansão de 21% nos últimos três anos, superando significativamente os índices globais.

A adoção de tecnologias biológicas por produtores rurais reflete uma busca por maior produtividade e práticas mais sustentáveis. Entre as inovações que vêm ganhando espaço, as soluções biológicas destacam-se por sua eficácia em mitigar os impactos de estresses climáticos, como déficit hídrico, temperaturas extremas e salinização do solo.

Dáfila Fagotti, Gerente de Produtos Biológicos da Syngenta, ressalta a importância dessas tecnologias para as culturas de soja, milho, algodão e café, pilares da economia agrícola brasileira. “A agricultura brasileira enfrenta desafios cada vez maiores. Inovações que promovem resiliência às adversidades climáticas são fundamentais para proteger a produtividade e otimizar o uso dos recursos naturais”, afirma Fagotti.

Entre as soluções desenvolvidas, estão produtos baseados em compostos naturais que atuam em três frentes principais: reduzir os efeitos de estresses abióticos, acelerar a recuperação das plantas e ativar processos metabólicos essenciais para o crescimento vegetal. Esse tripé tem garantido resultados promissores, mesmo em condições adversas, promovendo o desenvolvimento saudável das plantas e, consequentemente, maior rendimento das lavouras.

A integração de tecnologias biológicas e químicas também é um aspecto central dessa transformação. Empresas como a Syngenta Biologicals, lançada em 2024, têm investido em soluções híbridas para atender às demandas do campo. Segundo Fagotti, essa abordagem fortalece a resiliência das culturas ao mesmo tempo em que contribui para a sustentabilidade do sistema produtivo.

O Brasil, líder global em produção agrícola, tem demonstrado capacidade de inovação ao incorporar essas tecnologias. O avanço das soluções biológicas não apenas melhora a eficiência produtiva, mas também coloca o país na vanguarda do agronegócio sustentável, apontando para um futuro em que ciência e sustentabilidade caminham juntas.