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,12/12/2024

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Fixação biológica e bioestimulantes: avanços na soja

Fixação biológica, nutrição equilibrada e bioestimulação impulsionam a produtividade da soja e tornam o cultivo mais sustentável no Brasil.


Fixação biológica e bioestimulantes: avanços na soja

A fixação biológica de nitrogênio é um processo natural no qual bactérias simbióticas convertem o nitrogênio atmosférico em uma forma assimilável pelas plantas. Essas bactérias, como as do gênero Bradyrhizobium, colonizam a rizosfera e estabelecem uma relação de mutualismo com a planta.

“O nitrogênio é o nutriente mais extraído pela soja. A fixação biológica reduz a dependência de fertilizantes minerais como a ureia, tornando a produção mais econômica e sustentável”, explicou Amanda Bueno, pesquisadora do CTC (Centro Tecnológico Comigo). Segundo a pesquisadora, o manejo adequado do solo, incluindo a correção do pH e a manutenção da umidade, é essencial para maximizar a eficiência da FBN.

Além do nitrogênio, a soja requer uma gama de macro e micronutrientes para um desenvolvimento pleno. Amanda enfatizou que, enquanto o manejo de macronutrientes como fósforo e potássio está consolidado entre os produtores, a atenção aos micronutrientes ainda apresenta lacunas.

“O manganês, o zinco, o boro e o cobre, por exemplo, são fundamentais. Muitas vezes, os fertilizantes aplicados no solo não atendem completamente às demandas da planta. A análise foliar ajuda a identificar deficiências específicas e permite correções ao longo do ciclo”, apontou a pesquisadora.

Bioestimulantes: suporte contra estresses abióticos

Os bioestimulantes, uma categoria de produtos agrícolas que inclui extratos de algas, aminoácidos e hormônios vegetais, têm ganhado destaque por melhorar a resistência das plantas a condições adversas, como seca e excesso de chuvas. Segundo Amanda, esses insumos não substituem os fertilizantes tradicionais, mas complementam o manejo nutricional.

“Por exemplo, os extratos de algas, ricos em precursores hormonais, promovem o desenvolvimento radicular, aumentando a capacidade da planta de absorver água e nutrientes em momentos críticos”, detalhou.

Amanda destacou a importância de ajustar as práticas de manejo às condições específicas de cada propriedade, considerando fatores como tipo de solo, histórico de cultivo e condições climáticas. “Nos solos arenosos ou em áreas de abertura, é recomendado o uso de doses maiores de inoculantes para garantir o desenvolvimento adequado das bactérias. Já em áreas com histórico de boa nodulação, as doses podem ser ajustadas”, explicou.

Manejo integrado e inovação tecnológica

A pesquisadora também mencionou iniciativas de pesquisa do CTC, como o uso do sistema DRIS (Diagnóstico Integrado de Suficiência Nutricional) para identificar as necessidades específicas de cultivares de diferentes ciclos. “Cultivares de ciclo precoce, por exemplo, demandam uma atenção maior ao manejo nutricional devido ao rápido crescimento”, afirmou Amanda.

A implementação de tecnologias como análise de solo, bioestimulantes e monitoramento contínuo das condições da lavoura demonstra que o sucesso na sojicultura depende de uma abordagem integrada e personalizada. Para os produtores, isso representa não apenas o aumento da produtividade, mas também a garantia de competitividade no mercado global.





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