A produção de mandioca enfrentou novas quedas nas últimas semanas devido às chuvas intensas registradas em várias regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Somado a isso, a retração dos produtores, que já encerraram a maior parte das entregas para este ano, também contribuiu para a redução da moagem nas fecularias.

Entre os dias 9 e 13 de dezembro, as fecularias processaram 42,8 mil toneladas de raiz, representando uma queda de 20,6% em relação à semana anterior. Segundo o Cepea, essa redução resultou em uma ociosidade média de 61% da capacidade instalada nas unidades, levando muitas empresas a anteciparem o recesso de final de ano.

A oferta restrita foi acompanhada por uma demanda mais fraca, o que estabilizou os preços em patamares elevados. O valor médio nominal da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 700,69, um aumento leve de 0,11% em comparação à semana anterior. Em termos reais, o preço atual reflete uma valorização de 12,9% no comparativo anual, considerando o ajuste pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI).

O mercado tem registrado um movimento de alta consistente nos preços da mandioca, acumulando 24 semanas consecutivas de aumento. Entre os dias 11 e 15 de novembro, o preço médio da mandioca destinado à indústria foi de R$ 687,95 por tonelada, uma valorização real de 10,7% em 12 meses.

Apesar da retração na produção e da elevação nos preços, a mandioca continua a desempenhar papel central na culinária brasileira. Entretanto, os consumidores precisam estar atentos às oscilações no mercado, especialmente em períodos festivos, quando a demanda sazonal pode influenciar ainda mais os valores praticados.