O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, apresentará na terça-feira (17) o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos. A cerimônia será realizada às 16h30, na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Brasília.

A proposta busca implementar um sistema de identificação individual para animais, registrando histórico, localização e trajetória de cada exemplar. A iniciativa atende a uma demanda crescente de mercados internacionais por maior controle sanitário e se apresenta como ferramenta estratégica para o fortalecimento da saúde animal e segurança alimentar no Brasil.

Segundo o Ministério, o plano permitirá o monitoramento detalhado de rebanhos, qualificando programas de sanidade animal e facilitando respostas rápidas a surtos epidemiológicos.

Acesso a mercados internacionais

A rastreabilidade tem um papel fundamental para ampliar o acesso da carne bovina brasileira a mercados como os da União Europeia e Ásia. Esses países exigem sistemas robustos que garantam conformidade com critérios de sanidade e sustentabilidade. O novo plano promete consolidar a posição do Brasil como um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo.

“Os mercados externos têm requisitos cada vez mais rigorosos, e precisamos garantir que nossa carne seja competitiva e atenda às exigências desses países”, afirmou um representante do Mapa.

Benefícios para a cadeia produtiva

Além de abrir portas no mercado internacional, a rastreabilidade contribui para a segurança alimentar ao identificar rapidamente possíveis problemas ao longo da cadeia produtiva. Doenças e contaminantes podem ser rastreados até sua origem, permitindo ações preventivas e corretivas de forma ágil.

Para os pecuaristas, o sistema agrega valor aos produtos ao atender consumidores que demandam informações claras sobre a origem da carne. “A rastreabilidade é uma resposta às novas exigências do mercado. O consumidor quer saber como o produto foi criado, se respeitou o meio ambiente e se há bem-estar animal envolvido”, afirmou o ministro.

Controle sanitário e sustentabilidade

A ferramenta será essencial para monitorar doenças como febre aftosa e brucelose. Em casos de surtos, será possível rastrear com precisão os lotes afetados, minimizando prejuízos econômicos e impactos sobre a saúde animal.

Outro ponto destacado é o alinhamento às práticas de sustentabilidade. Com a rastreabilidade, o Brasil poderá comprovar que sua produção está livre de desmatamento ilegal e que utiliza recursos de forma responsável, respondendo às exigências globais por uma cadeia produtiva mais transparente e sustentável.

Desafios à implementação

Apesar dos avanços previstos, a implementação do plano enfrenta desafios. Entre eles estão o custo de adoção para pequenos pecuaristas, a necessidade de padronizar os sistemas e a capacitação técnica para gerir grandes volumes de dados.

“O plano é ambicioso, mas será necessário garantir que todos os elos da cadeia estejam preparados para aderir ao sistema. Precisamos de investimento em tecnologia e treinamento para que o processo seja eficaz”, ressaltou um analista de mercado.

Serviço

Lançamento do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos

Data: 17 de dezembro

Horário: 16h30

Local: Auditório Senador Jonas Pinheiro, Esplanada dos Ministérios, Bloco D