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,22/12/2024

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Aviões agrícolas enfrentaram chamas em 11 estados brasileiros em 2024

A aviação agrícola lançou 40,1 milhões de litros de água em 2024, enfrentando incêndios em 11 estados e ampliando sua atuação estratégica.


Aviões agrícolas enfrentaram chamas em 11 estados brasileiros em 2024 GUARDIÕES: como ocorre ocorre desde os anos 1990, aeronaves agrícolas foram fundamentais este ano nas principais frentes de combate a chamas no Brasil – fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A aviação agrícola brasileira foi responsável pelo lançamento de 40,1 milhões de litros de água no combate a incêndios florestais e agrícolas em 2024. As operações, realizadas entre junho e outubro, envolveram 118 aeronaves de 22 empresas e foram fundamentais para conter as chamas em 11 estados do país, segundo levantamento do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).

As ações somaram 10,7 mil horas de voo e 16,6 mil manobras de lançamento de água, com ou sem retardantes, realizadas por 171 pilotos. No suporte em solo, 140 profissionais operaram bases para abastecimento e manutenção das aeronaves.

Essa atuação é fruto de décadas de expertise no combate aéreo a incêndios e da capacidade de mobilização do setor, que atua de forma integrada com brigadistas em solo.

Crescimento das operações

Os números de 2024 mostram um aumento significativo em relação ao último levantamento do Sindag, realizado em 2021. Naquele ano, as operações contabilizaram 10,9 mil lançamentos, totalizando 19,5 milhões de litros de água em 4 mil horas de voo. Esse crescimento reflete o aumento dos focos de incêndio no país.

De acordo com dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até 12 de dezembro de 2024, foram registrados 8.674 focos de incêndio em território nacional. Esse número é consideravelmente maior que os registros de 2021, quando houve 5.469 focos.

Operações integradas e estratégicas

Cerca de 90% das missões aéreas foram realizadas em parceria com brigadistas em solo. Nesses casos, os pilotos seguem as orientações das equipes terrestres para conter o avanço das chamas e permitir o acesso seguro aos focos. Em grandes incêndios, a aviação reduz a intensidade do fogo, enquanto o combate direto e a eliminação de braseiros ficam a cargo das brigadas em terra.

Quando os incêndios ocorrem em áreas de difícil acesso ou exigem ações emergenciais, como a criação de corredores de fuga para a fauna, os aviões agrícolas operam sozinhos. As aeronaves oferecem rapidez e alcance em situações onde o acesso terrestre é inviável ou quando é preciso conter o fogo antes que se espalhe.

Rondônia estreia no combate aéreo

Pela primeira vez, o estado de Rondônia integrou as estatísticas de combate aéreo a incêndios em 2024. Uma empresa aeroagrícola foi contratada para manter uma brigada aérea durante 47 dias de operações, utilizando duas aeronaves que lançaram cerca de 4 milhões de litros de água.

A operação foi coordenada em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Corpo de Bombeiros do estado, marcando um avanço na estratégia integrada de combate ao fogo.

Tradição e regulamentação

O uso de aeronaves agrícolas no combate a incêndios é uma prática consolidada desde os anos 1990 em reservas naturais brasileiras e, mais recentemente, em lavouras e propriedades rurais. Desde 2022, uma Lei Federal incluiu oficialmente os aviões agrícolas nas políticas nacionais de combate a incêndios florestais.

Com décadas de experiência e um papel cada vez mais relevante no enfrentamento a emergências ambientais, a aviação agrícola segue como uma ferramenta estratégica para proteção de biomas e lavouras no Brasil.





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