Rastreabilidade individual de rebanhos será implementada até 2032
Brasil adota plano para identificar individualmente bovinos e búfalos, fortalecendo saúde animal e atendimento às exigências dos mercados globais.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou nesta terça-feira (17) o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos, uma iniciativa destinada a aprimorar a rastreabilidade e a gestão sanitária do rebanho nacional. Com um sistema inovador, o plano permitirá acompanhar a trajetória e o histórico de cada animal identificado, reforçando os padrões de sanidade animal e a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.
De acordo com Fávaro, o sistema de rastreabilidade não acarretará novos encargos aos produtores. “O que estamos fazendo é criar um sistema que trará mais transparência e segurança, sem sobrecarregar os pecuaristas. O controle sanitário, social e ambiental no Brasil já é um dos mais rigorosos do mundo”, afirmou. O ministro destacou ainda que o objetivo principal é atender à crescente demanda global por práticas sustentáveis e transparentes. “O Brasil está se consolidando como o fornecedor mais competitivo de proteína animal para os melhores mercados do mundo.”
O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, detalhou o funcionamento do plano. A proposta prevê a transição de um modelo baseado em lotes para uma rastreabilidade individual. “Essa evolução permitirá que garantias sanitárias sejam ampliadas, trazendo maior segurança a todos os elos da cadeia produtiva. Nosso foco é agregar valor à produção e assegurar que o setor continue competitivo no cenário global”, explicou Goulart.
O Plano será implementado em etapas, com conclusão prevista para 2032. Nos primeiros anos, entre 2024 e 2026, será criada uma base de dados nacional. Posteriormente, de 2027 a 2029, terá início o processo de identificação individual dos animais, abrangendo progressivamente o rebanho brasileiro. A meta é alcançar 100% da rastreabilidade até o final do prazo estipulado.
A iniciativa, conduzida pela Secretaria de Defesa Agropecuária em colaboração com entidades do setor privado, representa um avanço estratégico para o agronegócio brasileiro. Entre os benefícios esperados estão o fortalecimento de programas de saúde animal, a mitigação de riscos sanitários por meio de respostas rápidas a surtos epidemiológicos e a garantia do cumprimento das exigências de mercados internacionais.
O ministro ressaltou que a medida é essencial para sustentar a posição de destaque do Brasil no cenário global. “Estamos prontos para mostrar que nossas práticas atendem às mais altas exigências, consolidando nossa presença nos mercados mais exigentes”, concluiu Fávaro.
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