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,30/01/2025

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Carne suína registrou queda de até 8,4% em dezembro/2024

Preços da carne suína recuaram em dezembro de 2024, pressionados pela oferta elevada no mercado interno e queda nas exportações.


Carne suína registrou queda de até 8,4% em dezembro/2024

Os preços da carne suína no mercado interno apresentaram recuo significativo em dezembro de 2024, interrompendo uma tendência de alta registrada desde maio. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o movimento foi provocado pela oferta elevada de animais prontos para abate e pela maior disponibilidade de carne no mercado doméstico.

Na região SP-5, que inclui cidades como Campinas e Piracicaba, o preço do suíno vivo caiu 7,7% em relação a novembro, com média de R$ 9,17/kg. Minas Gerais sofreu desvalorizações ainda mais acentuadas: em Patos de Minas, o preço médio ficou em R$ 8,81/kg, 12,8% abaixo do mês anterior. No Paraná e em Santa Catarina, as quedas foram de 8% e 8,4%, respectivamente, com preços médios em torno de R$ 8,77/kg.

No atacado, a carcaça especial suína foi cotada a R$ 14,08/kg na Grande São Paulo, um recuo mensal de 5%. A desvalorização interrompeu a sequência de altas iniciada em maio, enquanto a competitividade da carne suína frente ao frango e à carne bovina foi ampliada.

Exportações em destaque

Apesar do desempenho negativo em dezembro, as exportações brasileiras de carne suína fecharam 2024 com recordes históricos. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam que o Brasil exportou 1,33 milhão de toneladas no ano, um crescimento de 10% em relação a 2023, arrecadando R$ 16,3 bilhões, aumento de 17,3%.

Em termos de destino, as Filipinas assumiram a liderança nas importações, superando a China, que ocupava essa posição desde 2018. O país asiático reduziu suas compras em 38% no ano, enquanto as Filipinas importaram 254,3 mil toneladas, mais que o dobro registrado em 2023. O Chile também ganhou relevância, ampliando suas importações em 29% e ocupando o terceiro lugar no ranking.

Custo dos insumos pesa no setor

O poder de compra dos suinocultores foi pressionado em dezembro pela queda nos preços do suíno vivo, em contraste com recuos menos acentuados nos custos de insumos como milho e farelo de soja. Em São Paulo, a relação de troca indicou que um quilo de suíno vivo permitiu a compra de 7,53 kg de milho, 6,9% a menos que em novembro.

O farelo de soja, comercializado a R$ 1.993,74 por tonelada em dezembro, sofreu uma queda de 2,3% no mês, mas manteve-se elevado. Essa combinação de fatores reforça os desafios enfrentados pelo setor na busca por margens positivas em um cenário de custos elevados e preços em baixa.





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