Janeiro opõe mercados de alface e cenoura no Brasil
Os mercados da cenoura e da alface vivem cenários opostos em janeiro
Os mercados de alface e cenoura apresentam tendências distintas em janeiro, segundo levantamentos do Hortifrúti/Cepea. Enquanto a maior oferta pressiona os preços da alface para baixo, a cenoura registra aumento significativo nas cotações devido ao controle da oferta em campo.
Preços da alface recuam até 18% com maior oferta
A redução no volume de chuvas nas principais regiões produtoras de alface contribuiu para o aumento da oferta e a consequente queda nos preços. Em Mogi das Cruzes (SP), a caixa de 20 unidades da alface crespa fechou a R$ 31,67, uma baixa de 17,4% entre 13 e 17 de janeiro. Em Ibiúna (SP), a alface americana registrou queda de 17,9%, sendo comercializada a R$ 17,14 por caixa com 12 unidades.
Além do aumento da oferta, a qualidade do produto ficou aquém do ideal, o que impactou ainda mais as cotações. “Os maiores gastos dos consumidores em dezembro e janeiro também reduziram o ritmo das vendas”, destaca a equipe Hortifrúti/Cepea.
Cenoura acumula alta superior a 150% em janeiro
Por outro lado, o mercado da cenoura experimenta uma dinâmica oposta. A retomada das chuvas desde o final de outubro tem dificultado atividades no campo, como manejo, colheita e plantio. Essa redução no volume disponível elevou os preços.
Em São Gotardo (MG), principal região produtora, o preço médio pago ao produtor saltou de R$ 0,74/kg em dezembro para R$ 1,89/kg na parcial de janeiro (1º a 17/01), representando um aumento de quase 155%. Os incrementos começaram ainda na semana do Natal e devem se intensificar nas próximas semanas, segundo os pesquisadores.
Esse controle da oferta é reflexo das condições climáticas, que têm limitado a capacidade de reposição no mercado e elevado os preços em um curto intervalo de tempo.
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