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,30/01/2025

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Manejo correto da pastagem garante produção o ano todo

Taxa de lotação e manejo inadequado comprometem a qualidade da pastagem. O planejamento forrageiro se torna o segredo para enfrentar a seca.

Fonte: Soesp
Manejo correto da pastagem garante produção o ano todo

Pasto "rapado" ou "passado" são duas condições que podem reduzir a produtividade e a rentabilidade de propriedades pecuárias. A atenção ao manejo da pastagem é essencial para manter a qualidade do alimento ofertado ao rebanho e a sustentabilidade do sistema.

Segundo Wayron Castro, zootecnista e técnico de sementes da Sementes Oeste Paulista (Soesp), esses problemas geralmente decorrem de erros no ajuste da taxa de lotação. “O pasto fica ‘rapado’ quando o pecuarista coloca mais animais do que a área pode suportar. Já o pasto ‘passado’ ocorre com a subutilização, quando há menos bovinos na área do que o necessário para o manejo correto”, explica.

Capacidade de suporte e estacionalidade

Uma situação comum é manter a mesma lotação durante todo o ano, ignorando a sazonalidade da forrageira. Durante a época das águas, a capacidade de suporte é maior devido à maior oferta de nutrientes e às condições favoráveis ao crescimento do pasto. Já na seca, a produção forrageira é reduzida, exigindo ajustes.

“Manter a mesma taxa de lotação compromete o rebrote para o próximo ciclo. A planta precisa de uma altura mínima para captar nutrientes e realizar fotossíntese, o que garante sua recuperação”, detalha Castro. A solução envolve avaliar constantemente a capacidade de suporte da pastagem e ajustar a lotação de acordo com o potencial produtivo em cada mês.

Planejamento e alternativas para a seca

Um manejo adequado requer planejamento, especialmente para o período de estiagem. Castro recomenda que o produtor produza volumoso, como silagem ou feno, para complementar a alimentação dos animais. “Se, no período das chuvas, a área suporta três animais por hectare, durante a seca esse número pode cair para um. Sem planejamento, o pecuarista terá que buscar alternativas caras e muitas vezes inviáveis”, alerta.

A falta de forragem também pode levar à necessidade de arrendar áreas ou deslocar o rebanho para regiões distantes, aumentando os custos e os riscos. Produzir o alimento na própria fazenda é uma alternativa mais segura e econômica.

Espécies forrageiras e adubação

Entre as recomendações para melhorar o manejo, o especialista sugere o cultivo de 20% a 30% da área com forrageiras do gênero Panicum, mais produtivas que as Brachiarias. Essa estratégia permite concentrar os investimentos em adubação nessas áreas, garantindo maior rendimento com menor custo.

“As forrageiras de alta performance suportam maior carga animal, permitindo que o produtor vá vedando outras áreas da fazenda para acumular pasto para a seca”, explica Castro. O manejo rotacionado também é uma solução eficaz para garantir reserva de forragem.

Manejo preventivo e organização

Castro reforça que o planejamento forrageiro deve ser iniciado na entressafra. Durante o período das águas, a fazenda já deve estar com os insumos adquiridos, garantindo economia e melhores condições de pagamento. “Esse planejamento reduz os custos da propriedade e gera lucro no final”, conclui o especialista.

Com uma abordagem preventiva e bem planejada, o produtor pode evitar os prejuízos causados pelo pasto “rapado” ou “passado”, assegurando a sustentabilidade e a produtividade de sua propriedade.





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