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,22/02/2025

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Certificação impulsiona bem-estar animal em suinocultura, bovinocultura e avicultura

A certificação de bem-estar animal melhora a qualidade da carne, reduz perdas e amplia o acesso a mercados exigentes no Brasil e no exterior.


Certificação impulsiona bem-estar animal em suinocultura, bovinocultura e avicultura

A certificação de bem-estar animal tem se consolidado como um diferencial competitivo para a pecuária e avicultura no Brasil. O veterinário Felipe Dalla Costa, coordenador de bem-estar animal da MSD Saúde Animal, destacou a relevância desse processo para a produção de alimentos, a satisfação dos consumidores e o acesso a mercados mais exigentes.

O programa de bem-estar animal da MSD Saúde Animal teve início em 2015 com o "Criando Conexões", focado no manejo de bovinos de corte. Em 2021, foi expandido para incluir suínos e aves, abrangendo toda a cadeia produtiva, do manejo a campo ao abate.

"O programa tem como objetivo garantir que os animais sejam tratados com respeito e sob as melhores condições de bem-estar, impactando positivamente na qualidade da carne e na eficiência produtiva", explicou Dalla Costa.

O Papel da Certificação

A certificação atesta que as boas práticas de manejo são seguidas, assegurando que os animais estejam livres de estresse excessivo e recebam cuidados adequados durante todo o ciclo produtivo.

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos revelou que dois a cada três consumidores de carne consideram a rastreabilidade e a transparência na produção aspectos fundamentais. "O consumidor não quer apenas saber de onde vem o alimento, mas também como os animais foram tratados", ressaltou Dalla Costa.

A certificação não apenas atende às demandas dos consumidores, mas também agrega valor aos produtos. Segundo Dalla Costa, empresas certificadas têm acesso a nichos de mercado que remuneram melhor o produtor. "O valor agregado pode chegar a 50% a mais do que o preço convencional, dependendo do mercado e do tipo de produto", afirmou.

Além disso, há ganhos operacionais. O bem-estar animal reduz o estresse, melhorando o desempenho dos animais, diminuindo perdas e tornando o manejo mais eficiente. "Quando o processo é bem conduzido, há menor incidência de acidentes de trabalho e maior satisfação dos funcionários", explicou o veterinário.

Treinamento e Manutenção da Qualidade

Para garantir que as boas práticas sejam mantidas, as certificações são renovadas anualmente. "Realizamos auditorias periódicas e treinamentos constantes para que as equipes estejam sempre alinhadas com as diretrizes", disse Dalla Costa. Esse processo minimiza os impactos da rotatividade de mão de obra e garante a continuidade dos padrões de bem-estar animal.

O crescimento do interesse pela certificação é expressivo, com um aumento de 220% na demanda desde a sua implantação. "No futuro, acreditamos que a certificação poderá se tornar um requisito obrigatório, como já ocorre em alguns países", previu Dalla Costa.

Apesar da percepção de que certificações são exclusivas para grandes indústrias, ele afirma que pequenos e médios produtores também podem aderir ao programa. "Todos os produtores têm um nível de bem-estar animal, e nosso objetivo é garantir que ele esteja dentro dos padrões ideais", concluiu.

A certificação de bem-estar animal representa não apenas um diferencial de mercado, mas também um avanço na relação entre produtor, indústria e consumidor, fortalecendo a produção sustentável e responsável no Brasil.





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