Reposição bovina mantém alta; futuro pode trazer estabilidade
Os preços da reposição bovina iniciaram o ano em alta, com o boi magro registrando a maior valorização entre os machos em São Paulo. No entanto, sinais de estabilidade surgem no horizonte.
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Os preços dos bovinos para reposição iniciaram o ano em alta, impulsionados pela boa condição das pastagens e um mercado do boi gordo relativamente firme em janeiro. Segundo levantamento da Scot Consultoria, o boi magro foi a categoria que mais se valorizou entre os machos anelorados em São Paulo, registrando alta de 4% desde o início do ano, saindo de R$ 4.142,50 para R$ 4.308,00.
O garrote também apresentou valorização de 2,8%, enquanto o bezerro de ano subiu 1,5%, e o bezerro desmama teve alta de 1,0% no período. Apesar desse movimento positivo, o ritmo das negociações permanece lento, refletindo uma oferta mais comedida e a postura cautelosa dos compradores.
A sustentação dos preços está diretamente ligada às condições climáticas favoráveis. O bom volume de chuvas dos últimos 60 dias garantiu pastagens de qualidade, permitindo que os pecuaristas segurem os animais por mais tempo e negociem melhores preços. Esse cenário, aliado à relativa estabilidade do boi gordo em janeiro, manteve a reposição valorizada.
Entretanto, a tendência para o curto prazo pode ser de acomodação nos preços. A demanda por carne bovina segue travada, o que já resultou em oscilações negativas no mercado do boi gordo nos últimos dias. Além disso, espera-se um aumento na oferta de fêmeas para abate, reflexo do descarte ao final da estação de monta, o que pode pressionar o mercado e segurar novas valorizações.
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