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,24/02/2025

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Rio Grande do Sul pode ter melhora na produtividade da soja

A alta temperatura e a irregularidade das chuvas comprometeram as lavouras de soja e milho no Sul do Brasil, mas previsões indicam uma melhora nas condições climáticas, o que pode favorecer a recuperação de algumas áreas.


Rio Grande do Sul pode ter melhora na produtividade da soja Mapa Goiás da EarthDaily Agro

A recente onda de calor extremo e a distribuição desigual das chuvas afetaram as lavouras de soja e milho no Brasil, com impactos distintos dependendo da localização e do estágio de desenvolvimento das culturas. Dados da EarthDaily Agro, empresa especializada em monitoramento agrícola por satélite, apontam que as temperaturas permaneceram entre 2ºC e 5ºC acima da média em diversas regiões do Centro-Sul nos últimos 30 dias.

No Rio Grande do Sul, a situação é mais crítica. O índice de vegetação (NDVI), indicador que mede o vigor e a saúde das lavouras, segue abaixo da média desde o início do ano. A EarthDaily Agro estima que a produção de soja no estado fique em 16,5 milhões de toneladas. Apesar disso, a previsão de aumento da umidade do solo nas próximas semanas pode beneficiar lavouras semeadas mais tardiamente, contribuindo para uma melhora na produtividade.

Em Santa Catarina, o NDVI apresenta valores semelhantes à safra anterior, e a precipitação acumulada permanece dentro da normalidade. Isso indica uma menor chance de perdas expressivas, com uma produção de soja estimada em 2,95 milhões de toneladas. No Paraná, a melhora nas condições hídricas nas últimas semanas tem refletido positivamente na saúde das lavouras, reduzindo o risco de quebras mais severas. A estimativa é de 19,1 milhões de toneladas de soja colhidas no estado.

Em outras regiões do país, o volume de chuvas variou consideravelmente. Estados como Mato Grosso, Paraná e São Paulo registraram precipitação acumulada entre 60 e 140 milímetros, o que dificultou a colheita da soja e o plantio do milho safrinha. Por outro lado, em Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, as chuvas ficaram abaixo da média, favorecendo a colheita, mas mantendo lavouras tardias sob estresse hídrico.

No Mato Grosso do Sul, após um período de queda nos índices vegetativos, os dados recentes mostram uma recuperação parcial, embora as perdas decorrentes da seca de janeiro ainda sejam significativas. Em Goiás, os índices de produtividade têm evoluído desde o início do ciclo, com projeção de produtividade em 82,3 sacas por hectare, superando os números de 2022.

Previsão climática e impactos nas operações

Para as próximas semanas, os modelos meteorológicos indicam chuvas abaixo da média na maior parte do Brasil, o que pode favorecer a colheita da soja e o plantio do milho safrinha. No Rio Grande do Sul, porém, a tendência é de precipitação acima da média, um fator que pode contribuir para a recuperação de lavouras semeadas tardiamente.

As previsões de temperatura variam conforme o modelo utilizado. O modelo europeu (ECMWF) aponta que os próximos 10 dias terão temperaturas acima da média em grande parte do território nacional. Por outro lado, o modelo americano (GFS) sugere um leve declínio térmico em Mato Grosso. No curto prazo, essas oscilações climáticas não devem causar impactos significativos nas lavouras do Centro-Oeste.




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