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,21/02/2025

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Brasil tem 2,7 mil aviões e helicópteros na aviação agrícola

O Brasil alcançou a marca de 2.722 aeronaves agrícolas em operação, um crescimento de 7,21% em 2024, consolidando-se como a segunda maior frota do mundo.


Brasil tem 2,7 mil aviões e helicópteros na aviação agrícola

A aviação agrícola brasileira começou 2025 com um total de 2.722 aeronaves em operação, sendo 2.088 aviões (77%) e 634 helicópteros (23%). Os dados foram apresentados pelo diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Gabriel Colle, durante a 35ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, em Capão do Leão (RS).

O crescimento da frota em 2024, de 7,21%, reflete a crescente demanda por tecnologias de aplicação agrícola, segurança operacional e otimização de insumos. O Brasil permanece como o segundo maior mercado de aviação agrícola do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem aproximadamente 3,6 mil aeronaves desse tipo. No ranking global, o país está à frente de nações como Canadá, Argentina, México e Nova Zelândia.

Liderança regional e distribuição da frota

Gabriel Colle, diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).

Entre os estados brasileiros, o Mato Grosso lidera com 749 aviões agrícolas, seguido pelo Rio Grande do Sul (385), São Paulo (320), Goiás (307) e Bahia (173). Outras 19 unidades da federação compartilham o restante da frota. A distribuição regional reflete o peso econômico e produtivo de cada estado no agronegócio, com destaque para as regiões com vastas áreas de lavouras de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar, principais culturas atendidas pela aviação agrícola.

Do total de aeronaves, 1.054 pertencem a produtores rurais ou cooperativas (TPP) e são utilizadas diretamente no manejo das lavouras. Já 1.648 estão sob gestão de empresas aeroagrícolas (SAE), especializadas na prestação de serviços de pulverização e monitoramento agrícola, destacando a relevância do setor na oferta de soluções para pequenos, médios e grandes produtores.

Tecnologia e sustentabilidade

A indústria nacional tem papel de destaque na aviação agrícola. Mais da metade das aeronaves em operação (51,65%) são de fabricação brasileira, com o modelo Ipanema, da Embraer, representando a maior parte. Em sua sétima geração, o avião é reconhecido por seu desempenho e eficiência, sendo produzido desde 2004 com motor movido a etanol, reforçando o uso de biocombustíveis no setor. Essa evolução contribui para a redução da pegada de carbono da aviação agrícola, tornando a pulverização mais eficiente e sustentável.

Enquanto isso, cresce a participação de aeronaves com motor turboélice movidas a querosene de aviação, produzidas nos Estados Unidos. Esses modelos, de maior capacidade, são adotados para operações mais extensas e de alta performance, sendo utilizados especialmente em lavouras que exigem maior cobertura e precisão.

Drones e aeronaves autônomas

A expansão da aviação agrícola também passa pela adoção crescente de aeronaves não tripuladas. O Sindag pretende mapear a frota de drones em operação no país, cruzando dados do Ministério da Agricultura, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), que registra a entrada desses aparelhos no Brasil. O uso de drones tem se mostrado estratégico para aplicação de defensivos em pequenas propriedades e áreas de difícil acesso.

Outro avanço destacado por Gabriel Colle é a chegada da aeronave autônoma da fabricante norte-americana Pyka, com capacidade de carga de 300 quilos e operação noturna. O avião foi apresentado em janeiro, em São Paulo, e fará seu primeiro voo de demonstração na Show Safra 2025, em Lucas do Rio Verde (MT), abrindo caminho para um novo patamar de automação no setor.

Cartilha sobre aviação agrícola

Durante o evento no Rio Grande do Sul, o Sindag também lançou a cartilha "Aviação Agrícola: Segurança e Importância x Fatos e Mitos". O material busca esclarecer estereótipos sobre a atividade e destacar sua relevência na segurança alimentar e no controle de pragas. A publicação também aborda as tecnologias embarcadas nas aeronaves e seu papel em ações como o combate a incêndios florestais e infestações de gafanhotos na África, em missões sob a supervisão da ONU.





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