Fungo pode reduzir produção de milho em até 80%, alerta Embrapa
foliares podem reduzir em até 80% a produtividade do milho, exigindo dos agricultores um manejo eficiente para evitar prejuízos.

O milho, segundo principal produto agrícola do Brasil, tem projeção de colheita recorde para a safra 2024/2025, com estimativa de 119,6 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, a produtividade pode ser seriamente comprometida por doenças foliares, que se tornam mais agressivas em condições de calor e umidade.
"Os fungos convivem muito bem com clima quente e úmido. Eles atacam as folhas das plantas, diminuindo sua capacidade de realizar fotossíntese, o que compromete a qualidade e o desenvolvimento, afetando diretamente a produtividade esperada", explica Hudslon Huben, gerente de go-to-market (GTM) e field force effectiveness (FFE) da ORÍGEO.
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), algumas dessas doenças podem reduzir a produtividade em até 80%, dependendo da gravidade e do tipo de patógeno. Entre as principais ameaças está a cercosporiose (Cercospora zeae-maydis), que provoca manchas cinzas e se dissemina por esporos e restos de cultura levados pelo vento e pela chuva.
A mancha branca, outra doença recorrente, é caracterizada por lesões de coloração palha ou verde clara, com alta incidência em todo o território brasileiro. Em casos graves, pode causar perdas superiores a 60% da produção. Também comuns são doenças como a ferrugem tropical e a ferrugem branca (Physopella zeae), cuja presença varia conforme condições climáticas e altitude.
Para mitigar esses impactos, especialistas recomendam o manejo integrado, combinando medidas como a escolha de híbridos resistentes, rotação de culturas e aplicação de fungicidas adequados. "A constante evolução e adaptação dos patógenos exigem que os produtores permaneçam vigilantes e atualizados sobre as melhores práticas de manejo. A adoção de técnicas eficientes é essencial para minimizar os prejuízos e garantir a saúde das plantas desde o início do ciclo de cultivo", destaca Hudslon Huben.
Empresas como a ORÍGEO, joint venture entre Bunge e UPL, atuam na oferta de soluções tecnológicas para o setor, fornecendo suporte aos produtores em estados como Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia e Tocantins. A adoção de práticas sustentáveis e o acesso a assistência técnica qualificada são fatores determinantes para minimizar as perdas e garantir o crescimento sustentável da produção nacional de milho.
COMENTÁRIOS