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,24/02/2025

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Preço do boi gordo recua em fevereiro e pressiona mercado

O mercado do boi gordo enfrenta desvalorização da arroba em fevereiro, reflexo da maior oferta de animais para abate e da demanda interna enfraquecida.


Preço do boi gordo recua em fevereiro e pressiona mercado

O mercado pecuário brasileiro iniciou fevereiro de 2025 sob pressão, com a arroba do boi gordo registrando desvalorização em diversas regiões do país. A queda nos preços reflete um cenário de aumento na oferta de gado pronto para abate e um consumo interno abaixo das expectativas. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a maior disponibilidade de vacas no mercado spot e o volume expressivo de animais oriundos de confinamentos contribuem para o recuo das cotações.

Em Mato Grosso, a arroba do boi gordo registrou queda de 0,88%, com preço médio de R$ 307,72 na semana passada. Rondônia acompanhou o movimento e encerrou a semana com redução de 0,31%, cotando a arroba a R$ 269,82. No estado de São Paulo, referência para o setor, o preço médio da arroba ficou em R$ 315,33 em 20 de fevereiro, ante R$ 318,15 na semana anterior. A tendência de baixa também se refletiu em outras regiões: em Goiás, a arroba caiu para R$ 298,57; em Minas Gerais, recuou para R$ 305,59; e no Mato Grosso do Sul, fechou em R$ 304,43.

Na Bolsa de Valores (B3), a expectativa de continuidade na desvalorização se confirmou. O contrato de abril/25 recuou 0,51%, sendo negociado a R$ 294,90/@. Por outro lado, o contrato de julho/25 foi o único a apresentar alta, com valorização de 0,43%, alcançando R$ 306,00/@.

Aumento da oferta pressiona cotações

A queda nos preços da arroba pode ser explicada, em grande parte, pelo crescimento da oferta de bovinos para abate. O Cepea aponta que a maior disponibilidade de vacas no mercado é resultado do bom regime de chuvas, que favoreceu o ganho de peso dos animais. Além disso, a participação de animais oriundos de confinamento superou o volume registrado no ano anterior, ampliando a pressão sobre os preços.

Consumo interno desaquecido

Outro fator que influencia a desvalorização da arroba é o consumo interno de carne bovina, que segue fraco. O poder de compra reduzido do consumidor impacta as vendas no varejo, dificultando a reposição de estoques pelos frigoríficos. No atacado paulista, a baixa liquidez da carne com osso continua prejudicando a distribuição, afetando o desempenho do setor. Atualmente, o dianteiro do boi é negociado a R$ 17,50/kg, enquanto o da fêmea está na faixa de R$ 16,50/kg.

Exportações ajudam a conter recuo mais acentuado

Apesar da pressão sobre os preços internos, o mercado externo tem evitado uma desvalorização ainda maior. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a média diária de exportações de carne bovina alcançou 10 mil toneladas na parcial de fevereiro, um crescimento de 6,2% em relação ao mesmo período de 2024. A China segue como principal destino da carne brasileira, mantendo os embarques estáveis.

Impactos na pecuária de corte

O recuo na arroba impacta diretamente a rentabilidade dos pecuaristas, que enfrentam custos de produção elevados. A maior oferta de fêmeas para abate também pode comprometer a reposição do rebanho no longo prazo, afetando a sustentabilidade da produção. Diante desse cenário, os produtores precisam buscar estratégias para mitigar os impactos da desvalorização e equilibrar a gestão dos custos.




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