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,24/02/2025

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Preço do café dispara e preocupa consumidores brasileiros"

O preço do café subiu 50,35% em 12 meses, segundo o IPCA, refletindo a menor oferta no mercado interno, custos de produção mais altos e um aumento da demanda global.


Preço do café dispara e preocupa consumidores brasileiros

O preço do café tem pesado cada vez mais no bolso dos consumidores brasileiros. Em janeiro de 2025, o produto acumulou uma alta de 50,35% nos últimos 12 meses, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse aumento reflete uma combinação de fatores, que vão desde condições climáticas adversas até a maior demanda internacional pelo grão brasileiro.

A situação tem levado consumidores a buscarem alternativas, como a substituição do café tradicional por chás ou bebidas à base de cevada. Ao mesmo tempo, preocupa a presença de "café falso" no mercado, produzido com misturas de restos de grãos e aromatizantes artificiais.

Condições climáticas reduzem oferta

A quebra na produção de café no Brasil é um dos principais fatores que explicam a alta nos preços. Regiões produtoras como Minas Gerais e São Paulo sofreram com estiagens prolongadas e temperaturas acima da média em 2024, o que afetou o desenvolvimento das lavouras e reduziu a quantidade de grãos colhidos.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a safra de 2025 deve continuar abaixo da média histórica, o que pode manter os preços elevados nos próximos meses. "A combinação de falta de chuvas e temperaturas elevadas prejudicou o enchimento dos grãos e resultou em uma produção menor do que o esperado", explicou um analista do setor.

Demanda global impulsiona exportações

Paralelamente, o consumo de café tem crescido significativamente em diversos mercados internacionais. Em 2024, o Brasil exportou 50,5 milhões de sacas de 60 kg de café, um aumento de 28,8% em relação ao ano anterior. A China, por exemplo, tem aumentado suas importações, consolidando-se como um dos novos mercados relevantes para o grão brasileiro.

Essa maior procura externa contribui para a alta dos preços, pois reduz a disponibilidade do produto no mercado interno. Com menor oferta, os torrefadores brasileiros repassam os custos para os consumidores finais.

Custos de produção e logística em alta

Outro fator que pressiona os preços é o aumento dos custos de produção. Fertilizantes, defensivos agrícolas, mão de obra e transporte tiveram reajustes significativos no último ano, elevando o custo final do produto. O preço do frete e da energia elétrica também impactam diretamente a cadeia produtiva.

Com esses custos mais altos, os produtores repassam parte do aumento para as indústrias de torrefação, que, por sua vez, ajustam os valores pagos pelo consumidor.

Efeito no consumo e preocupação com qualidade

Diante do aumento nos preços, muitos consumidores têm reduzido a compra de café ou migrado para marcas mais acessíveis. A situação também abre espaço para irregularidades no setor. Há relatos de falsificação do produto, com a adição de misturas de grãos de baixa qualidade e substâncias artificiais para baratear o custo final.

De acordo com fiscalizações do Ministério da Agricultura e Pecuária, algumas empresas foram flagradas vendendo "café" que continha mais de 30% de impurezas. Esses produtos podem comprometer a experiência do consumidor e afetar a credibilidade da indústria cafeeira brasileira.

Preço deve continuar alto nos próximos meses

Especialistas do setor apontam que o preço do café deve seguir elevado no curto prazo. A expectativa é de que apenas a normalização do clima e um aumento significativo da produção possam trazer algum alívio para os consumidores brasileiros.

Enquanto isso, o consumidor precisará se adaptar aos novos patamares de preços ou buscar alternativas para manter o hábito de consumo sem comprometer o orçamento.




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