Agricultura regenerativa cresce no Brasil e impulsiona sustentabilidade
A agricultura regenerativa avança no Brasil ao restaurar a saúde do solo e reduzir o uso de químicos. A BioWorld Soluções Regenerativas investe em bioinsumos e pesquisa tecnológica para apoiar essa transformação.
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A crescente necessidade de tornar a agricultura mais sustentável tem levado produtores e pesquisadores a adotar a agricultura regenerativa como estratégia para recuperar solos degradados e reduzir o impacto ambiental das lavouras. Esse modelo produtivo vai além da simples substituição de insumos químicos por alternativas biológicas e exige uma abordagem sistêmica baseada no manejo do solo, diversificação de culturas e uso eficiente de recursos naturais. "A agricultura regenerativa é um passo além da sustentabilidade, pois busca restaurar e melhorar a saúde do solo", explica Ithamar Prada, engenheiro agrônomo e CEO da BioWorld Soluções Regenerativas. Esse diferencial tem atraído a atenção do setor agropecuário, impulsionando investimentos e pesquisas na área.
O engenheiro agrônomo Ithamar Prada, CEO da BioWorld Soluções Regenerativas, explica que a agricultura regenerativa não se resume à substituição de agroquímicos por biológicos. "É um sistema integrado que exige conhecimento técnico e manejo adequado para cada realidade produtiva", afirma Prada.
A BioWorld tem desempenhado um papel importante na disseminação dessas práticas, investindo no desenvolvimento de bioinsumos e na pesquisa sobre microbiologia do solo. "Nosso foco é oferecer soluções que aumentem a eficiência da produção sem comprometer o meio ambiente", explica Prada. A empresa mantém parcerias com universidades e centros de pesquisa para aprimorar suas tecnologias e auxiliar produtores na transição para sistemas mais sustentáveis.
Entre as práticas regenerativas, o uso de bioinsumos se destaca por estimular a biodiversidade do solo e fortalecer as plantas contra pragas e doenças. No entanto, a produção de bioinsumos on-farm não é adequada para todos os produtores, pois exige conhecimento técnico e estrutura apropriada. "O on-farm é algo a mais que o produtor está acrescentando à sua propriedade e que demanda atenção. Nem todos estão preparados para essa prática", explica Prada. Mesmo assim, quando bem implementado, pode proporcionar maior autonomia e redução de custos, tornando a lavoura mais resiliente.
Os benefícios da agricultura regenerativa incluem o aumento da matéria orgânica no solo, a melhoria da infiltração de água e a redução da compactação do solo. Estudos demonstram que áreas manejadas com essa abordagem apresentam maior produtividade a longo prazo, além de serem mais resistentes às variações climáticas.
Para Prada, a adoção dessas práticas ainda enfrenta desafios, como a necessidade de capacitação técnica dos produtores e a adaptação dos sistemas de cultivo. No entanto, ele acredita que a agricultura regenerativa deve se consolidar como um modelo produtivo viável. "O mercado tem mostrado interesse crescente por produtos cultivados de forma sustentável. Essa tendência favorece a expansão dessas práticas", conclui.
Com o avanço da tecnologia e o desenvolvimento de novas estratégias, especialistas apontam que a agricultura regenerativa poderá desempenhar um papel central na produção de alimentos no futuro, conciliando produtividade e preservação ambiental.
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