As exportações brasileiras de carne de frango em 2025 devem ultrapassar as projeções iniciais, impulsionadas por surtos de gripe aviária em países concorrentes e pela manutenção de custos de produção sob controle. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) havia previsto um aumento de 1,9% nas exportações, totalizando 5,4 milhões de toneladas. Contudo, o presidente da entidade, Ricardo Santin, indica que esse número provavelmente será revisado para cima. 

Em janeiro de 2025, o Brasil exportou 443 mil toneladas de carne de frango, incluindo produtos in natura e processados, representando um aumento de 9,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e estabelecendo um recorde para o mês. 

Esse desempenho é atribuído, em parte, aos problemas sanitários enfrentados por outros fornecedores globais, que redirecionaram a demanda para o produto brasileiro. Desde o início do ano, mais de 34 países registraram focos de influenza aviária, incluindo os Estados Unidos, com mais de 60 focos ativos, e países europeus como Reino Unido, Alemanha, Polônia e Países Baixos. 

Além disso, a produção nacional de carne de frango está projetada para alcançar 15,3 milhões de toneladas em 2025, um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior. A disponibilidade interna deve atingir 9,9 milhões de toneladas, com consumo per capita estimado em 46 kg, refletindo um crescimento de 2%. 

Os custos de produção também permanecem favoráveis, com preços do milho e farelo de soja estáveis, garantindo competitividade ao produto brasileiro no mercado internacional.