Mercado livre de energia gerou R$ 55 bilhões em economia em 2024
Mercado livre de energia gerou R$ 55 bilhões em economia em 2024. Pequenos consumidores ganham espaço no mercado livre de energia e Abraceel defende escolha de fornecedor para todos até 2026.

O mercado livre de energia proporcionou uma economia de R$ 55 bilhões para seus consumidores em 2024, impulsionado por um consumo médio de 28.386 MW médios no ano, o maior volume já registrado no ambiente de contratação livre.
Criado para permitir que consumidores escolham seu fornecedor de energia, o modelo já acumula ganhos superiores a R$ 476 bilhões desde 2003. A competitividade desse mercado tem sido um fator decisivo para a redução de custos no setor elétrico.
Mais de 64 mil unidades consumidoras no mercado livre
Os dados mais recentes da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) indicam que o mercado livre já reúne mais de 64 mil unidades consumidoras no Brasil. Esse número representa apenas 0,07% do total de unidades consumidoras do país, mas engloba empresas e indústrias que operam em média e alta tensão.
Desde janeiro de 2024, com a entrada em vigor da Portaria MME 50/2022, novos perfis de consumidores de menor porte também passaram a migrar para o mercado livre. A expectativa é que essa adesão amplie a concorrência e reduza ainda mais os custos da energia elétrica.
Redução de custos e impacto econômico
De acordo com Rodrigo Ferreira, presidente-executivo da Abraceel, a possibilidade de escolha tem impacto direto na economia. "Cada consumidor de energia que opta pelo mercado livre consegue reduzir os valores da conta de luz e se transforma em um agente que pressiona a inflação para baixo", afirmou.
Além da economia direta nas contas de energia, a maior competitividade no setor permite que empresas reinvistam os valores poupados, gerando empregos e movimentando a economia.
Defesa pela abertura total do mercado
A Abraceel defende a ampliação do direito de escolha para todos os consumidores brasileiros, incluindo os residenciais, a partir de 2026. Para a entidade, a medida democratizaria o acesso à energia mais barata e incentivaria investimentos em novas fontes de geração.
O cenário atual aponta para um avanço gradual desse modelo no Brasil, acompanhando exemplos de países onde a liberalização do setor elétrico trouxe mais eficiência e preços competitivos para os consumidores.
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