Fundo internacional aposta no Brasil com investimento de US$ 100 bi, sendo US$ 10 bi no agro
O Fundo Internacional de Investimentos Brasilinvest-ADIG anunciou um aporte de US$ 100 bilhões no Brasil, com US$ 10 bilhões destinados ao agronegócio. O CEO Renato Costa detalhou os planos para fomentar o setor e impulsionar a economia do país.

O Fundo Internacional de Investimentos Brasilinvest-ADIG, resultado da parceria entre Brasilinvest, Abu Dhabi Investment Group (ADIG) e GF Capital, anunciou um investimento de US$ 100 bilhões no Brasil, com foco em infraestrutura, tecnologia e agronegócio. Renato Costa, CEO do fundo, destacou que a iniciativa visa transformar o ambiente econômico do país, proporcionando condições financeiras mais competitivas para diversos setores.
Investimento no agronegócioDo montante total, US$ 10 bilhões serão direcionados ao agronegócio, setor que representa cerca de 25% do PIB brasileiro. A proposta é oferecer alternativas de crédito mais acessíveis aos produtores, permitindo financiamentos com taxas de juros semelhantes às praticadas nos Estados Unidos, significativamente menores do que as oferecidas pelo sistema financeiro nacional.
“O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira e precisa de capital mais acessível para continuar crescendo. Nossa ideia é oferecer alternativas financeiras que tornem o setor mais competitivo”, explicou Costa.
O fundo pretende estruturar mecanismos de financiamento para produtores rurais, incluindo a compra em grande escala de insumos, como fertilizantes, reduzindo custos e ampliando a competitividade do setor.
Infraestrutura como prioridadeA melhoria da infraestrutura é um dos principais focos do fundo. Projetos em ferrovias, portos e rodovias estão no radar, visando melhorar a logística do agronegócio e reduzir os custos de transporte. Entre os investimentos em estudo, está a construção de uma ferrovia ligando Terra Roxa (PR) a Arroio do Sal (RS), além de quatro novos portos para escoamento da produção nacional.
“Não adianta impulsionar o agronegócio sem melhorar a infraestrutura. Precisamos de um sistema logístico mais eficiente para garantir competitividade internacional”, disse Costa.
Apoio às pequenas e médias empresasApesar de atender a grandes grupos, o fundo também pretende apoiar pequenos e médios produtores, que muitas vezes enfrentam dificuldades no acesso a crédito. Para isso, está sendo desenvolvida uma plataforma de análise de crédito que permitirá acesso facilitado ao financiamento.
Expansão internacional e novas oportunidadesO fundo também planeja apoiar empresas brasileiras que desejam expandir suas operações no exterior, fortalecendo a presença do Brasil no mercado global. Segundo Costa, já há negociações com governos e investidores internacionais para fomentar essa expansão.
Próximos passosNos próximos meses, o fundo deve consolidar as parcerias e iniciar a distribuição dos recursos. Há a possibilidade de representantes do fundo virem ao Brasil para algumas feiras do agro, onde poderão dialogar com produtores e representantes de empresas e instituições para possíveis investimentos.
“Queremos estar perto do setor e entender suas necessidades para oferecer soluções que realmente façam a diferença”, concluiu Costa.
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