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,08/03/2025

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Brasil busca reverter suspensão de frigoríficos pela China

China suspende importação de carne bovina de três frigoríficos brasileiros após auditorias apontarem "não conformidades". Governo busca solução.


Brasil busca reverter suspensão de frigoríficos pela China

A Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) anunciou a suspensão temporária da importação de carne bovina de três frigoríficos brasileiros. A medida afeta as plantas da JBS em Mozarlândia (GO), da Frisa em Nanuque (MG) e da Bon-Mart em Presidente Prudente (SP). O embargo ocorre após auditorias remotas apontarem "não conformidades" em relação aos requisitos chineses.

Em documento enviado à Embaixada do Brasil em Pequim, autoridades chinesas solicitaram que as unidades afetadas adotem medidas corretivas e enviem um relatório após a devida verificação pelo serviço oficial brasileiro. A restrição é válida para embarques realizados a partir da segunda-feira, 3.

A decisão também impacta frigoríficos da Argentina, Uruguai e uma unidade da Mongólia, que passaram por processos de fiscalização semelhantes. Apesar da suspensão, o governo brasileiro minimiza impactos no comércio de carne bovina com a China.

Governo trabalha para reverter embargo

O Ministério da Agricultura já foi notificado e acompanha a situação. O ministro Carlos Fávaro afirmou que o Brasil conta com 126 frigoríficos habilitados para exportar para a China e que suspensões pontuais não comprometem a relação comercial. “Quando assumimos, havia 12 plantas suspensas. Retomamos essas 12 e abrimos mais 43. Portanto, três suspensões não alteram significativamente o panorama”, disse Fávaro.

Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária, destacou o compromisso brasileiro com a segurança sanitária e a qualidade da carne exportada. Segundo ele, o país segue em diálogo com a China e o setor privado para solucionar as pendências levantadas durante a auditoria.

Importância do mercado chinês

A China é o maior destino da carne bovina brasileira. Em 2024, o Brasil exportou 1,1 milhão de toneladas para o país asiático, que importou um total de 2,7 milhões de toneladas no mesmo período.

Para o ministro da Agricultura, o fluxo comercial é positivo também para o mercado interno. Segundo Fávaro, os cortes exportados são diferentes dos mais consumidos no Brasil, o que favorece a precificação doméstica. “Os produtos exportados têm menor valor no mercado interno ou demanda reduzida. Esse equilíbrio é importante para toda a cadeia produtiva”, afirmou.





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