Mercado do boi gordo segue pressionado após o Carnaval
O boi gordo em Goiás caiu 0,94% nesta quinta-feira (06), com a arroba a R$ 284,21, segundo o IFAG. O mercado sente o impacto da estratégia dos frigoríficos e da suspensão temporária de três plantas brasileiras pela China.

O mercado do boi gordo segue instável em Goiás, refletindo um movimento de baixa após o Carnaval. De acordo com dados do IFAG, a arroba do boi gordo foi cotada, em média, a R$ 284,21 nesta quinta-feira (06), marcando um recuo de 0,94%. Já a vaca gorda teve leve redução de 0,04%, sendo negociada a R$ 265,25.
A queda nos preços reflete a estratégia dos frigoríficos, que buscam compras a valores mais baixos diante da oferta disponível. Além disso, a recente suspensão temporária de três plantas frigoríficas brasileiras pela China trouxe incerteza ao mercado. No entanto, analistas do setor esperam uma resolução rápida dessa questão, o que poderia reduzir a pressão sobre os preços.
Outro fator que influencia a precificação da arroba é o escoamento da carne bovina na primeira quinzena de março. O varejo ainda observa o comportamento da demanda e a capacidade de reposição dos estoques. O consumo interno se mantém sob pressão, uma vez que os consumidores continuam priorizando alternativas mais acessíveis, como carne de frango e ovos.
No atacado, os preços seguem pressionados, mas a expectativa é de que haja reajustes com a entrada dos salários no início do mês. Ainda assim, a recuperação do valor da carne bovina no varejo deve ocorrer de forma gradual e dependerá do comportamento da demanda ao longo de março.
Os contratos futuros também indicam uma expectativa de valorização nos próximos meses. Segundo informações da B3 e do IFAG, os vencimentos para março/25 e abril/25 foram cotados a R$ 297,85 e R$ 300,00, respectivamente. Já para maio/25 e junho/25, os valores são de R$ 297,95 e R$ 301,95, sinalizando um possível reaquecimento do mercado.
O setor segue monitorando as negociações com a China e o comportamento do consumo interno para avaliar os rumos do mercado. Com os frigoríficos tentando reduzir os valores pagos ao produtor e o varejo testando a aceitação de preços mais altos, a evolução do cenário econômico e do comércio internacional será determinante para definir o rumo da arroba do boi gordo nos próximos meses.
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