Mercado de rações para piscicultura cresce com novos investimentos
Com o crescimento de 9,2% na piscicultura brasileira em 2023, novas soluções nutricionais, como a linha Guabitech Impulse, impulsionam produtividade e imunidade dos peixes.

O setor de piscicultura no Brasil registrou um crescimento de 9,2% em 2023, alcançando uma produção de 968.745 toneladas, de acordo com dados da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR). A tilápia, principal espécie cultivada no país, foi responsável por um aumento de 14,3%, somando 662.230 toneladas no período. Esse avanço, no entanto, traz desafios, especialmente na área nutricional, que responde por cerca de 70% dos custos de produção da atividade.
Para atender à crescente demanda e melhorar os indicadores produtivos, empresas do setor têm investido em soluções inovadoras. A Guabi Nutrição e Saúde Animal, por exemplo, ampliou sua capacidade industrial e lançou a linha Guabitech Impulse, voltada para as fases iniciais dos peixes de cultivo. "Racoes de alta qualidade são essenciais para otimizar espaços, melhorar a conversão alimentar e aumentar a taxa de sobrevivência", explica Gustavo Pizzato, gerente de produtos Aqua da empresa.
Com a expansão da piscicultura, também crescem os desafios sanitários. O manejo, a classificação, a vacinação e o transporte são etapas que geram estresse nos animais e podem comprometer seu desempenho. A nova linha nutricional foi desenvolvida para fortalecer a imunidade e melhorar a resposta dos peixes a essas condições adversas.
Inovações tecnológicas e avanços nutricionais
A Guabitech Impulse incorpora avanços da nutrigenômica, campo que estuda a relação entre nutrição e expressão genética. "Cada fase do crescimento exige um balanço específico de nutrientes, e os produtos foram formulados para atender a essas necessidades com precisão", destaca Pizzato.
A linha conta com um pacote de aditivos tecnológicos, como probióticos, prebóticos, nucleotídeos, DHA, enzimas e ácidos orgânicos, otimizando a absorção de nutrientes e a saúde intestinal dos peixes. A adição de microminerais orgânicos melhora a biodisponibilidade desses elementos, reduzindo a excreção excessiva de nutrientes na água e contribuindo para a sustentabilidade da produção.
Outro diferencial é a instalação de um moinho pulverizador na unidade de Sales Oliveira (SP), permitindo a produção de rações com partículas ultrafinas, aumentando a eficiência alimentar. "Essa tecnologia favorece um melhor acabamento das rações e amplia a superfície de contato dos ingredientes, beneficiando a digestibilidade", pontua o gerente da Guabi.
Impacto econômico e sustentabilidade
A busca por soluções nutricionais avançadas reflete a necessidade do setor de reduzir perdas e melhorar a rentabilidade. Estudos indicam que uma nutrição balanceada pode impactar diretamente o tempo de engorda, a sanidade e a qualidade do produto final, tornando a produção mais eficiente e competitiva.
Além disso, o uso de tecnologias que minimizam o impacto ambiental, como microminerais orgânicos e aditivos que otimizam a conversão alimentar, tem ganhado espaço na piscicultura. "A eficiência produtiva aliada à sustentabilidade é um caminho sem volta", conclui Pizzato.
Com a tendência de crescimento do setor e o avanço das tecnologias nutricionais, a piscicultura brasileira se fortalece como um dos segmentos mais promissores do agronegócio nacional.
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