Como construir um galinheiro funcional e econômico
Pequenos produtores podem montar galinheiros funcionais e de baixo custo com planejamento adequado, manejo correto e materiais acessíveis.

A criação de galinhas poedeiras caipiras é uma alternativa viável para produtores que desejam diversificar suas fontes de renda. Com um projeto simples e bem planejado, é possível montar um galinheiro funcional e de baixo custo, adequado à produção familiar ou em pequena escala.
O primeiro passo é a escolha do local. A orientação ideal é que o galinheiro seja instalado em áreas bem drenadas, protegidas de ventos fortes e com boa exposição ao sol. A ventilação cruzada e a iluminação natural são fundamentais para o conforto das aves e para a manutenção da sanidade no ambiente.
Espaço adequado por ave evita estresse e doenças
O dimensionamento correto do espaço é decisivo para o bem-estar animal. A recomendação técnica é de, no mínimo, 1 metro quadrado para cada 3 a 4 galinhas, no caso de criação em confinamento parcial. Já em sistemas com acesso a piquete, esse número pode ser reduzido, desde que as aves tenham livre acesso à área externa durante o dia.
Além disso, é importante manter uma taxa equilibrada de aves por comedouro e bebedouro. Cada equipamento deve atender, em média, de 8 a 10 galinhas, evitando disputas e garantindo que todas tenham acesso ao alimento e à água.
Materiais acessíveis e duráveis para a estrutura
A construção do galinheiro pode ser feita com materiais acessíveis, como madeira de reaproveitamento, telhas de fibrocimento e telas galvanizadas. O piso deve ser elevado do solo para evitar umidade e facilitar a limpeza. Pode-se utilizar madeira ripada ou cimentado com caimento adequado.
As telas devem cercar a estrutura até uma altura mínima de 1,80 metro, com malha de no máximo 1 polegada, para evitar a entrada de predadores. Portas e janelas devem ser construídas com material resistente e contar com travamento seguro.
Manejo da cama influencia na sanidade das aves
A cama do galinheiro tem papel importante na absorção de umidade e no controle de odores. Os materiais mais utilizados são maravalha, casca de arroz ou palha picada. Ela deve ter, em média, 10 a 15 centímetros de espessura e ser revolvida semanalmente. A troca completa deve ocorrer sempre que houver acúmulo excessivo de fezes ou surgimento de odor forte.
A umidade ideal da cama deve estar entre 20% e 25%. Acima desse índice, aumenta o risco de doenças respiratórias e surgimento de parasitas. Um bom manejo inclui também a limpeza frequente dos comedouros, bebedouros e ninhos.
Ninhos e poleiros contribuem para a produtividade
Os ninhos devem ser posicionados em locais secos, protegidos da luz direta e com acesso fácil para as aves. A proporção ideal é de um ninho para cada 5 a 6 galinhas. Para estimular a postura, é indicado o uso de palha seca nos ninhos e a manutenção da higiene do local.
Os poleiros, por sua vez, devem ser instalados a uma altura de 40 a 60 centímetros do chão, com espaçamento mínimo de 25 centímetros entre eles. Eles devem ser firmes, de madeira arredondada, e dimensionados para suportar o peso das aves.
Custo acessível com eficiência produtiva
A depender dos materiais utilizados, o custo médio por metro quadrado de galinheiro pode variar entre R$ 120 e R$ 180, considerando estruturas simples e mão de obra própria. Com manejo adequado, cada galinha caipira pode produzir de 180 a 220 ovos por ano, o que torna o investimento compensador para pequenos produtores.
Além do retorno econômico, a criação de galinhas poedeiras caipiras pode ser integrada à produção de hortaliças e ao aproveitamento de resíduos orgânicos, fortalecendo práticas sustentáveis no campo.
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