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,28/04/2025

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IATF pode reduzir pegada de carbono em até 49%, aponta estudo

Estudo da USP mostra que a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) pode reduzir em até 49% a pegada de carbono na produção de carne e leite no Brasil.


IATF pode reduzir pegada de carbono em até 49%, aponta estudo

A aplicação dos protocolos de sincronização para Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), desenvolvidos pela GlobalGen vet science, pode reduzir a pegada de carbono da pecuária brasileira em 21,4 milhões de toneladas de CO₂ equivalente. A redução é comparável à retirada de 853 mil veículos das ruas ou à preservação de 192 mil hectares de vegetação nativa no Cerrado.

O estudo, inédito, foi conduzido pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (FMVZ/USP) e analisou condições de manejo típicas do Brasil. Compararam-se sistemas que utilizam IATF com aqueles que ainda adotam monta natural.

Tecnologia que alia sustentabilidade e produtividade

Segundo Rodrigo Faleiros, diretor superintendente da UCBVET Saúde Animal, “a biotecnologia da IATF é uma prática sustentável, além de economicamente relevante”. Ele destaca que o Brasil possui cerca de 80 milhões de fêmeas bovinas em fase reprodutiva, mas apenas 20 milhões são submetidas à IATF, indicando amplo potencial de ganhos.

A GlobalGen vet science é controlada pela centenária UCBVET Saúde Animal, em parceria com a ReproGen, dos pesquisadores Richard Pursley e Milo Wiltbank, criadores do protocolo mundialmente adotado.

As emissões foram convertidas em CO₂ equivalente, considerando manejo, uso de recursos, energia, insumos, gestão de resíduos e emissões diretas e indiretas. Pietro Baruselli, professor titular da FMVZ/USP e coordenador do estudo, ressalta que “a pecuária responde por apenas 5% das emissões globais, sendo que tecnologias como a IATF aumentam a produtividade sem exigir novas áreas”.

Resultados expressivos em leite e carne

Na pecuária leiteira, cerca de 20% dos 11,4 milhões de protocolos comercializados pela GlobalGen até outubro de 2024 foram aplicados em vacas em lactação. O incremento foi de 1,2 bilhão de litros de leite, aumento de 36% na produtividade e redução de 37% na pegada de carbono por litro produzido.

Na produção de carne, quase 9,2 milhões de sincronizações resultaram em 1,5 bilhão de toneladas adicionais, desempenho 27% superior aos sistemas convencionais, com redução de até 49% na pegada de carbono por quilo de carne.

Futuro da pecuária sustentável

Embora não seja uma solução única, a IATF, combinada a outras práticas sustentáveis, tem papel significativo na redução das emissões. Laís Abreu, doutoranda da USP, e Vanessa Romário de Paula, analista da Embrapa Gado de Leite, também participaram do estudo. “Quantificar as emissões é o que transforma uma tecnologia em ação real contra as mudanças climáticas”, afirma Vanessa.

Os resultados serão apresentados durante encontro técnico no dia 28 de abril, pela manhã, na 90ª ExpoZebu, em Uberaba (MG).





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